A Song of Springtime by John William Waterhouse, 1913. Editada pela autora. |
Para ler a parte 1, clique aqui: Tintas Mágicas.
Esse é o método mais mais fácil e rápido para confecção de tintas artesanais, e requer o menor número de materiais para produzir cores brilhantes e suaves. As tintas feitas a partir de flores podem ser vibrantes ou escuras, ou de tons mais suaves e transparentes como aquarelas.
É uma ideia perfeita para quando você decora seu altar com flores para um ritual ou sabbath, ou oferta um buquê para uma divindade (ou quem sabe ganha um de presente) e não sabe o que fazer com elas. Não precisa jogar no lixo! Faça uma tinta floral.
Tenha em mente que essas tintas não duram tanto quanto as tintas de frutas ou sementes; seu tempo útil é de aproximadamente um mês se a tinta for armazenada em um local escuro. Porém, você não precisará de outros pigmentos pois a cor costuma ficar bem consistente por si só.
Por ser tão simples e rápida de confeccionar, você sempre pode ter um estoque pequeno delas. O único detalhe é que você deve ter um jardim ou conhecer algum lugar no qual possa colher flores. Recomendo que procure por praças onde haja grande variedade, e você pode colher as flores caídas do chão, ou levar libações de água ou adubo diluído para agradecer no caso de precisar coletar as flores da planta.
As flores recomendadas são rosas, cravos, amores-perfeitos e outras flores com pétalas macias, que costumam resultar em tintas mais fortes. É melhor ter uma grande quantidade de flores pois assim você pode controlar a intensidade de forma mais precisa.
Receita para Confecção das Tintas Florais
Você precisará de:
• Recipientes de vidro.
• Pétalas de flores. Muitas!
• Almofariz e pilão ou algo que sirva para efetivamente esmagar as flores.
• Água fervente.
• Morim (ou um tecido bem fininho). Coadores de pano funcionam bem para essa finalidade, mas não deve ter nenhum resquício de café, ou sua tinta poderá ficar manchada.
• Álcool 70% ou vodka.
• Um recipiente de vidro com tampa para armazenar.
• Goma arábica ou amido de milho (opcional).
Primeiro, reúna as pétalas de flores de sua escolha para a cor desejada. Note que algumas tintas florais não ficam exatamente da cor da pétala, podem mudar levemente, ainda mais quando combinadas. Mas com a prática você ficará mais acostumado!
Esmague-as no recipiente de vidro, preenchendo com pétalas até 1/3 do recipiente se for possível. Quanto mais pétalas amassadas, mais cor haverá na sua tinta. Se você estiver fazendo sua tinta mágica para alguma propriedade pré-determinada, o momento de amassar as pétalas é a hora perfeita para invocar as energias das flores e colocar sua intenção através do pilão.
Quando terminar de amassar no almofariz, acrescente água fervente no recipiente, uma pequena quantidade suficiente apenas para cobrir as pétalas. Não coloque muita água pois diluirá a tinta - mas se estiver muito escura para você, vá colocando aos poucos e checando como está.
Deixe o recipiente para fermentar por 24hrs. Pode ser em uma janela ou em seu altar. Se quiser energizar o efeito da sua tinta mágica, posicione ela no centro, rodeada de cristais energizados para a mesma intenção que a tinta. Outra ideia é rodear de ervas com a mesma propriedade e depois queimar como incenso.
Coe as pétalas de flores do líquido, transferindo a tinta colorida para o recipiente de armazenamento no qual ela ficará guardada. Acrescente uma parte de mesma quantidade de álcool 70% ou vodka e agite gentilmente. Não deve fazer bolhas ao agitar.
Para dar uma consistência mais grossa, você pode acrescentar a goma arábica ou o amido de milho. Misture com um palito de churrasco ou similar, também gentilmente até que esteja mais ou menos homogêneo.
Está feito! Antes de armazenar, rotule com um papel e fita ou algum adesivo. Você pode anotar a cor, as flores usadas e principalmente, a data de confecção. Fica melhor para gerenciar as que já expiraram e não podem mais ser utilizadas, e quais cores (ou tintas com propriedades específicas) você tem no seu estoque.
Adaptado e traduzido daqui.
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A colher flores,
Alannyë Daeris.
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