É o conhecimento guardado nos Grandes Mistérios que este livro se propõe a revelar. Segundo a autora, "seria bom que fôssemos ensinados, desde a infância, a pensar na vida como um sobe-e-desce semelhante ao de um barco que se ache na crista de uma onda. Ora descendo até a matéria pela porta do nascimento, ora tornando a ascender ao mundo invisível pelos portais da morte para, de vez em quando, voltar a afastar-se novamente ao ritmo cíclico do fluxo da vida em evolução".
Ficha Técnica
Autora: Dion Fortune
Ano: 1930
Editora: Pensamento
Páginas: 120
Essa obra pode parecer demasiado enxuta para o tema que se propõe a abordar - em especial um assunto envolto em infindáveis tabus e medos como a morte -, mas esteja certo de que o essencial estará contido nessas páginas, com a lucidez e a clareza argumentativa que são algumas das maiores qualidades da escrita de Dion.
Ao adquiri-lo, me abstive de ler mais a respeito da obra para permitir que as informações chegassem "puras" à minha consciência, e foi uma escolha auspiciosa - a leitura se mostra suave, fluida, e muito informativa sobre diversos aspectos pouco explorados sobre o processo da morte. Orienta para a atitude correta em relação aos falecidos (no momento do desencarne e nos meses posteriores), trata de forma responsável sobre o diálogo com espíritos, de práticas relacionadas aos ritos fúnebres hoje tidas como superstição mas que possuem embasamento esotérico, e inclui até mesmo sugestões de rituais funerários.
São apenas 120 páginas, mas o conhecimento contido nessa obra com certeza absoluta levará você além dos portais da morte se a leitura for atenciosa e estiver acompanhada de pausas para reflexões e meditações, bem como releituras ocasionais. Assuntos como o purgatório, a morte do corpo, as patologias da morte ou processos perturbados por certos fatores, o mundo celestial, todos temas extremamente profundos e impactantes mas sempre em termos e analogias simples, tangíveis para os que buscam entender os mistérios. Muitos questionamentos pertinentes às morte serão levantados, como o destino de falecidos em situações acidentais, se há e como se parece a vida após a morte, e muitas outras perguntas que você já deve ter feito em algum momento da vida.
O capítulo de número IV me tocou e marcou muito, pois não fala somente de como podemos vencer o pesar ou encarar as transições e passagens daqueles que amamos; vai muito além, e evoca um sentido muito belo para o que é o amor verdadeiro, quão significativa e preciosa pode ser a união de dois espíritos, em amor espiritual genuíno. Algumas passagens refletem as crenças pessoais e religiosas da autora, mas de forma ilustrativa e facilmente adaptável para o paradigma pessoal do leitor. No mais, é uma leitura imprescindível para quem busca respostas ou uma compreensão genuína sobre os processos pós-vida.
A meditar na presença do Mestre dos Anestesistas,
Alannyë Daeris
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