domingo, 4 de setembro de 2016

Instrumentos Mágicos, parte 6 - Incensário, Pentáculo, Sino e Vassoura


   Além dos mais conhecidos, existem vários outros instrumentos mágicos que ficam em nosso altar e também possuem simbologia e importância própria! Portanto, conheça mais sobre o Incensário, o Pentáculo, o Sino, e a Vassoura.

Incensário


   Talvez o objeto mais simples de um altar, o incensário serve para segurar os incensos durante rituais. É encontrado em vários formatos ou materiais, tamanhos e cores. Está ligado ao elemento ar.
   Alguns praticantes preferem confeccioná-lo enchendo uma pequena tigela ou copo com sal, e então fincando as varetas em sua superfície ou colocando os cones de incensos sobre o sal. Essa prática auxilia na purificação do ambiente, e pode ser feita antes de rituais.

Pentáculo


   O pentáculo é um objeto redondo que possui um pentagrama dentro de um círculo. Os materiais com que é confeccionado são vários - madeira, metal, vidro, cerâmica, epóxi -, e pode tanto ser confeccionado em casa quanto comprado em lojas esotéricas. 
   Para confeccioná-lo em casa, basta pintar com tinta ou caneta permanente um pentagrama dentro de um círculo perfeito no interior de uma tábua de madeira redonda ou prato de cerâmica liso. Consagre e purifique, e está pronto para fazer parte do seu altar.
   É utilizado para invocar os elementos, carregar magicamente ou consagrar objetos e instrumentos, como foco de energias, e também para a proteção, principalmente quanto pendurado em portas ou paredes. O pentáculo está relacionado ao elemento terra.

Sino


   É tradicionalmente feito de metal, mas pode ser feito de vários outros materiais à escolha do praticante. O sino é utilizado para invocar entidades, banir ou invocar energias, purificar ambientes, ou delimitar as partes de um ritual que está sendo conduzido. Está ligado ao elemento ar, e representa a união do Sagrado Feminino e do Sagrado Masculino.

Vassoura


   São clássicos símbolos das bruxas, podem ser de tamanho normal ou em miniatura. Servem para purificar e consagrar ambientes, e são um símbolo de proteção - especialmente quando postas atrás da porta de ponta-cabeça. As vassouras também podem ser usadas para traçar e destraçar círculos mágicos durante rituais. 
   Representa a união entre o Sagrado Masculino e o Sagrado Feminino - sendo o cabo o falo e as cerdas a vagina -, porém, é considerada um objeto mais ligado ao Princípio Feminino.
   Podem ser feitas pelo próprio praticante, amarrando vários galhos secos de ervas ou palha na ponta de um bastão. Pode-se também comprar uma vassoura de palha, purificá-la e consagrá-la. É comum que bruxos e bruxas desenhem símbolos mágicos, runas e sigilos em seu cabo, a fim de fortalecer o poder de sua vassoura.
   Para purificar um ambiente usando uma vassoura mágica, basta apenas varrer o ambiente sem tocar no solo, visualizando que as energias prejudiciais ou negativas estão indo embora na direção em que você as varre.

A cuidar do altar,
   Alannyë Daeris.

Instrumentos Mágicos, parte 5 - O Cálice


   O Cálice é um dos instrumentos mágicos mais fáceis de encontrar. Uma taça feita de cristal, vidro, ferro, cerâmica, chifre, ou madeira serve como cálice, desde que purificada e consagrada devidamente. Não há problema em comprá-lo, mas evite cálices de plástico.
   É um instrumento ligado ao elemento água. Também remete ao Sagrado Feminino, possuindo simbologia similar à do caldeirão - feminilidade, fertilidade, intuição e emoções. A simbologia do cálice faz com que seja um instrumento bastante utilizado para scrying, ou seja, adivinhação utilizando líquidos.
   Durante rituais, costuma-se enchê-lo com água da chuva ou de fontes naturais, vinho, sucos ou bebidas ritualísticas - que tenham sido consagradas. Fora de rituais, é comum que se deixe o cálice sempre cheio com algum líquido no altar.
   Os líquidos depositados no cálice podem ser ingeridos, ou libados em oferenda aos Deuses e elementais. A libação é feita despejando o líquido em questão na terra, ofertando-o para a entidade que se deseja homenagear. A ingestão das bebidas contidas no cálice pode ser feita também em agradecimento no final de rituais, ou compartilhada entre membros de um coven ou grupo para dividir as bênçãos do procedimento mágico realizado.

Scrying - Adivinhação com o Cálice

   Um ritual bastante simples de divinação que pode ser feito com frequência para melhorar a clarividência e para prever o futuro. Faça em uma noite de Lua cheia. Não faça caso sua taça seja transparente.
   Encha seu cálice com água da chuva, ou que tenha se originado de uma fonte natural - de um rio, do mar, etc. Posicione-se de uma maneira em que fique confortável olhando para o interior do cálice, e apague as luzes. Trace o círculo mágico e acenda uma vela branca, preta ou roxa. Caso queira, convide também os elementais e a Deusa, ou alguma divindade feminina de seu culto.
   Relaxe e observe a chama da vela por algum tempo. Deixe-se ficar tranquilo e esvazie sua mente. Passe, então, a observar a água no interior do cálice. Continue assim o tempo que se sentir a vontade, concentrando-se na água e permitindo que sua intuição aja.
   Quando se desconcentrar, ou achar que é suficiente, apague a vela e destrace o círculo mágico, agradecendo às entidades que convidou. Jogue a água na terra. Pode utilizar a vela em outra divinação com sua taça.

Instrumentos Mágicos, parte 4 - A Varinha e o Bastão


   A Varinha e o Bastão são objetos similares, mas que diferem em tamanho. O bastão também é conhecido e utilizado como cajado, embora poucos praticantes de magia empreguem seu uso em rituais, visto que as varinhas servem para o mesmo propósito e são menores e mais práticas.

   As varinhas e bastões são instrumentos mágicos em forma de vareta ou cajado, e podem ser encontrados em diversos materiais - madeira, cristais ou até mesmo em metal. Servem para abrir e fechar círculos mágicos, direcionar energias, invocar entidades, desenhar símbolos no chão ou no ar sobre determinados objetos, ou até mesmo mexer no caldeirão. Os cajados e bastões podem servir também para delimitar o centro de poder de um círculo mágico, ou como instrumento de proteção.
   Não existe um tamanho correto para a varinha; ela deve ter o comprimento que melhor se adequar ao dono. Ainda assim, alguns livros e compêndios sugerem que o tamanho perfeito da varinha é de 50cm, ou que seja cortado na mesma medida da ponta do indicador até o cotovelo do bruxo ou bruxa que utilizará a varinha. Já o cajado tradicionalmente possui a altura do dono, podendo ser maior ou menor de acordo com o gosto.
   O elemento associado às varinhas é bastante controverso. Há quem diga que são instrumentos do elemento fogo, por seu poder de criação e destruição de círculos. Outras tradições e praticantes afirmam que está mais conectada ao elemento ar, por seu poder de direcionar energias e invocar entidades. O simbolismo da varinha está relacionado ao Sagrado Masculino, força de vontade, poder mágico, vitalidade, invocação, criação e proteção.
   É comum que se decore a varinha ou o bastão com símbolos, sigilos, runas, cristais, ou até mesmo com fitas coloridas. Isso deve ser feito de acordo com o gosto do praticante, visto que a decoração da varinha mágica é bastante pessoal e deve refletir suas crenças e práticas.

Confeccionando sua própria varinha mágica!


   Criar seus próprios instrumentos é uma ótima maneira de depositar suas energias em seus objetos ritualísticos - e no caso das varinhas, é bastante simples confeccionar a sua própria! Veja só:

1. Encontre um galho de árvore, ou uma vareta que se adeque às suas necessidades. O tamanho e o material são de sua escolha. Caso opte por um galho, prefira aqueles que já estão caídos; caso não seja possível, você pode cortar o galho que deseja da árvore com cuidado, mas lembre-se de deixar uma oferenda e agradecer à árvore e à natureza pela madeira. Você pode também adaptar uma colher de pau ou um bastão de metal para ser sua varinha mágica.
2. Purifique a varinha antes de qualquer coisa. 
3. Retire as imperfeições e lixe-a, se for necessário. 
4. Decore-a. Você pode desenhar símbolos e runas com caneta, esmalte ou tinta; pode fixar pedras, penas ou conchas com arames, barbantes ou couro; pode também amarrar fitas coloridas e/ou pintar sua varinha - sempre tendo em mente a simbologia das cores que estará utilizando.
5. Consagre-a e está pronta para o uso!

Dicas


 Não utilize varinhas de metal para o contato com as Fadas.
 Lembre-se que sua varinha é um instrumento mágico importante e poderoso. Não brinque com ela ou deixe que outras pessoas toquem. Se alguém por acaso pegá-la na mão, purifique e consagre em seguida.
☾ Muitos praticantes escolhem a madeira da sua varinha de acordo com a simbologia da árvore. Caso seja possível para você escolher a árvore preferida e da madeira dela fazer sua varinha, melhor! Se não, não se preocupe - sua varinha servirá perfeitamente como instrumento mágico, desde que você purifique-a e consagre-a de maneira correta.
 Evite usar decorações de plástico para sua varinha, pois o plástico não conduz nem gera energia, podendo atrapalhar o direcionamento de energia em seus rituais.
 Se você decorou sua varinha com símbolos, cristais ou fitas coloridas, lembre-se de invocá-los durante a consagração e agradecer pela energia depositada em sua varinha mágica.
 Você pode ter varinhas diferentes para finalidades específicas. Solte sua criatividade e permita-se inovar - caso queira confeccionar uma varinha para uma divindade de culto, use símbolos ligados a ela, fitas de cores que a representem, ou até gemas e pedras que tenham a ver com ela!

A direcionar boas energias,
   Alannyë Daeris.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Instrumentos Mágicos, Parte 3 - O Athame e o Boline

Foto original em.

   O Athame é certamente uma das ferramentas mágicas mais icônicas da Bruxaria moderna, e é difícil falar sobre ele sem citar o Boline, visto que são instrumentos parecidos e bastante confundidos por quem é novo na Bruxaria. Então, vamos desmistificar ambas essas ferramentas mágicas imprescindíveis!

O Athame


   De maneira simples, pode-se dizer que o athame é uma faca ritualística. Sua simbologia está conectada com o Sagrado Masculino e/ou o Deus, banimentos, e direcionamento de energias. Seu elemento é alvo de controvérsias; muitos bruxos acreditam que está relacionado ao elemento Ar, porém outros - como eu -, acreditam que o Athame é um instrumento pertencente ao elemento Fogo. Essa escolha de simbologia fica para cada praticante decidir!
   Tradicionalmente, possui lâmina de dois gumes e um cabo preto de madeira. No entanto, essa tradição costuma ser substituída pela praticidade, sendo possível encontrar athames das mais diversas formas e origens - punhais simples, facas de cozinha sem serrilhado, adagas, até mesmo abridores de cartas.
   O material do athame pode ser de qualquer procedência, desde que seja natural - evite usar plástico! Há athames feitos de osso, pedras, madeira, mas usualmente, vê-se athames com lâminas de metal e cabo preto. A lâmina é um assunto de controvérsias, pois há quem defenda que precisa ser afiada, e há quem diga que não, já que não se usa o athame para cortar objetos físicos. Manter a lâmina sem corte é uma medida que pode evitar acidentes durante rituais.
   No cabo do athame é comum ver símbolos e inscrições - muito frequentemente feitos pelo próprio praticante para torná-lo ainda mais pessoal e imbuído de magia. Também é comum ver símbolos, sigilos e runas inscritas na lâmina, mesmo que temporariamente para rituais específicos.
   O athame é uma ferramenta ritualística usada para manipular energias, e não deve tocar quaisquer coisas físicas, visto que já existe o boline com a finalidade de servir como instrumento de corte. Caso alguém toque em seu athame, purifique-o e reconsagre-o, pois é um dos instrumentos mágicos mais pessoais.
   Em rituais, o athame é usado para traçar e destraçar o círculo mágico, para fazer invocações e evocações, na quebra e/ou no corte de energias, para enviar cones de poder, direcionar energias a determinado local/objeto, e banir energias. Também pode ser usado para invocar energias masculinas, ou desenhar no ar sigilos, runas e outros símbolos mágicos em objetos, pessoas ou lugares para consagrá-los. Muitos praticantes de magia usam o athame para conduzir rituais por completo, manipulando todas as energias e direcionando-as com o auxílio dessa ferramenta mágica.

O Boline


   É uma faca de cabo branco, que é sempre mantida afiada. Não existem tantas restrições para o boline, desde que sirva para sua finalidade de cortar objetos físicos quando houver a necessidade. Por vezes é visto possuindo uma lâmina em meia-lua, principalmente para colher ervas.
   O boline não é usado ritualisticamente, se reservando para cortar ervas, inscrever símbolos em velas e/ou em outros objetos físicos - até mesmo na terra ou em alimentos. Em tudo o que for necessário cortar algo para a magia, seja em feitiços ou rituais, na preparação de poções ou em situações similares quaisquer, use o boline.
   Como não é usado ritualisticamente, não possui tanta simbologia quanto os demais instrumentos mágicos. Sua utilização é bastante restrita, porém, pode ser usado na preparação de alimentos para acrescentar um toque de magia neles, ou para realizar jardinagem, por exemplo.

A estudar,
   Alannyë Daeris.

terça-feira, 21 de junho de 2016

Instrumentos Mágicos: Parte 2 - O Caldeirão

Óleo em tela por David Cheifetz

   O Caldeirão é um instrumento quase sempre presente no altar de um praticante de bruxaria. Ele representa o Sagrado Feminino, o útero da Deusa, onde ocorrem as principais transformações para criar a vida. É ligado ao elemento éter/espírito, pois une todos os outros (embora há quem o considere do elemento água).
    A simbologia do caldeirão envolve fertilidade, inspiração, abundância, bênçãos, divinação. É utilizado como meio para criar feitiços, cozinhando ou queimando ervas, queimando os pedidos que temos, para cozinhar, ou na preparação de poções. Ao comprar seu caldeirão, você deve ter em mente a finalidade para que seu caldeirão será utilizado, para assim definir o material de fabricação do mesmo.
   É comum observar praticantes de magia com caldeirões diferentes de acordo com suas finalidades. Por exemplo, caso você utilize um caldeirão de ferro para queimar ervas, ele pode facilmente acabar enferrujando. Claro que nem todos precisam ser tradicionalmente de ferro, pois existem outros em materiais que podem lhe servir de formas diferentes.
   É possível encontrar pequenas panelas de ferro, cerâmica ou barro que funcionam como caldeirões; isso varia da sua necessidade. Não se desespere caso você não encontre aquele caldeirão de bruxa clássico, pois não são tão fáceis de encontrar. Além do mais, quando se trata de magia, não há diferença alguma entre uma pequena panela de barro e um caldeirão de ferro com tampa e três pés. O importante é que ele lhe seja útil e funcione magicamente.
   Caso você queira personalizar seu caldeirão para depositar nele suas energias, você pode desenhar ou pintar em sua superfície alguns símbolos relacionados ao Sagrado Feminino, como a triluna ou pentáculos; quaisquer símbolos similares, visto que é um dos instrumentos mais ligado a Deusa, a feminilidade e à transformação.

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   Usando o Caldeirão magicamente!


   Em rituais sazonais, encha seu caldeirão de ervas, folhas e flores da estação. Não gosta de ver as flores murcharem? Não tem problema. Encha-o com perfumes florais ou mesmo água fresca com essências; chás de ervas como camomila ou calêndula servem para este propósito também.
   No inverno, você pode queimar ramos caídos, ou apenas acender uma chama para simbolizar a volta do calor e do sol.
 
   O Scrying é uma prática divinatória frequentemente realizada com o auxílio de um caldeirão. Pode ser feito de duas maneiras: uma consiste em enchê-lo de água - ou outro líquido -, e observar no interior do caldeirão, até que imagens se formem e você consiga predizer o futuro. A outra maneira envolve atear fogo no interior do caldeirão, e sentar em frente a ele, tentando discernir imagens e situações a partir das chamas. Ambas as técnicas de Scrying requerem bastante treino e uma intuição afiada.
   Dica: antes de realizar Scrying em seu caldeirão, ferva um chá de artemísia ou de hibisco nele. Não tem como? Então tente esfregar algumas flores de hibisco, amor-perfeito, cascas de laranja, ou algumas folhas de alface nas paredes de dentro de seu caldeirão. Essas ervas potencializam a divinação e ajudam bastante na intuição!

   ☾ Scrying da Lua Cheia

   Encha seu caldeirão - ou uma tigela com o fundo liso, preferencialmente preta ou branca, caso você não possua um caldeirão - com água durante uma Lua Cheia. Coloque o caldeirão sob a luz direta do luar por pelo menos uma hora.
   Prepare o lugar onde você realizará seu Scrying (que pode ser no interior de casa, afastado da luz da Lua), e purifique-o com um incenso de sua preferência. Trace o círculo mágico, se for de seu costume, e sente-se em frente ao caldeirão. Acenda uma vela branca, sendo ela a única iluminação além da Lua, caso você esteja fora de casa. Peça para os Deuses, a Deusa, ou alguma divindade específica de seu culto lhe acompanhe durante essa divinação. Peça também que lhe auxiliem a discernir o que é verdadeiro através das águas do seu caldeirão, e concentre-se. Deixe sua mente lhe guiar enquanto observa a água dentro do caldeirão.
   Quando sentir que não há mais nada para ver, agradeça aos Deuses ou à divindade que você invocou antes pelas visões, e jogue a água e os restos da vela em algum lugar verde, como um gramado ou um jardim.

Para saber mais: Scrying.

   A atividade mágica mais recorrente quando se trata de caldeirão costuma ser a queima de ervas ou a queima de pedidos. Podem ser feitas juntas ou separadas, e também são uma das formas de feitiços mais simples, visto que são simples e rápidas de realizar.
   A queima de pedidos consiste em anotar em vários papéis tudo aquilo que você deseja, de maneira sucinta e direta. Vale também escrever runas e símbolos relacionados com os desejos que você queimará. E, se quiser complementar, basta adicionar ervas igualmente relacionadas com os pedidos escritos nos papéis. Então, ateie fogo no caldeirão.
   As ervas queimadas no caldeirão, por sua vez, costumam possuir finalidades mais amplas. É preciso apenas colocar um punhado de ervas que tenham a mesma propriedade em comum - prosperidade, por exemplo - e deixar o caldeirão em chamas, com o auxílio de óleos ou de álcool, preferencialmente álcool de cereais. Ao queimar, visualize essa propriedade chegando em sua vida. Depois, deposite as cinzas em um jardim ou gramado, e limpe bem seu caldeirão.

Para saber mais: Ervas MágicasErvas e Compêndio de Ervas

   Além da queima de pedidos e de ervas, é possível adicionar ao caldeirão o nome de pessoas que você quer afastar de sua vida, realizando um banimento não só de situações e energias, mas também de pessoas.

    Feitiço de banimento

   Escolha uma noite de Lua Minguante para que seu feitiço tenha ainda mais poder. Prepare o lugar para o feitiço, e trace o círculo mágico, caso seja de seu costume. Coloque em seu caldeirão um pouco de manjericão, alho e cravo-da-índia, e ateie fogo, com a ajuda de álcool de cereais. Caso não tenha, utilize álcool de cozinha, ou óleos.
   Enquanto o fogo se espalha no caldeirão, vá adicionando o nome das pessoas que você deseja banir de sua vida. Escreva o nome de cada uma delas por completo - uma pessoa por papel -, e jogue os papéis no fogo. Enquanto queimam, visualize aquela pessoa indo embora de sua vida, para nunca mais voltar. Ande em sentido anti-horário ao redor do caldeirão. Deixe seus sentimentos fluírem, dançando, gritando, mas sempre focando no banimento dessa ou dessas pessoas de sua vida.
   Ao final, jogue os restos no lixo - porém, em algum lugar longe de sua casa.

   Queima de coisas e divinação não são as únicas coisas para que o caldeirão serve. Você também pode preparar poções e banhos mágicos, ainda que isso exija um pouco mais de trabalho. Dependendo do tamanho e do formato do seu caldeirão, é possível levá-lo ao fogo - no fogão ou com a ajuda de velas, colocando seu caldeirão em um suporte alto sobre a chama. Se isso for possível, então há mais algumas dicas para você!
   Banhos mágicos são bastante simples, e se parecem com um chá. Geralmente são feitos em panelas de um litro ou mais, mas podem ser feitos em menor quantidade em um caldeirão pequeno. Para fazer um banho mágico, adicione as ervas relacionadas com o que você deseja obter magicamente em um caldeirão cheio de água. Leve ao fogo, deixe ferver, coe e espere amornar. Após seu banho higiênico, jogue esse preparado sobre seu corpo, visualizando-se recebendo as bênçãos e realizando seus objetivos. Deposite as ervas em um gramado, ou separe-as para um outro feitiço.

Para saber mais: Banhos Mágicos e Poções

   ☾ Alguns lembretes sobre o uso do seu caldeirão:
   Evite usar o mesmo caldeirão que você usa para fazer poções para queimar pedidos e ervas. Isso porque a queima geralmente deixa muitos resíduos, que podem contaminar suas poções - tanto física quanto energeticamente. Purifique seu caldeirão de queima sempre que terminar de utilizá-lo.
   Se o seu caldeirão for de ferro, após lavá-lo, seque-o em fogo alto, e tome cuidado com arranhões e fissuras, para que não enferruje.

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Mais sobre caldeirões:
Dançando ao redor do caldeirão.
   Alannyë Daeris.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Instrumentos Mágicos: Parte 1

Foto por Alannyë Daeris. Meus altares e cantinho de estudos há um ano atrás.

   Os Instrumentos Mágicos, também conhecidos como Instrumentos Ritualísticos, são objetos utilizados por bruxos, magistas e praticantes de magia de diversos sistemas mágicos e vertentes. Esses instrumentos auxiliam em atividades mágicas variadas, como rituais, feitiços, poções, dentre outras.
   São utilizados em quase todas as vertentes da Bruxaria, desde a Bruxaria Tradicional até a Wicca, e em vários outros sistemas mágicos. As simbologias e usos dos instrumentos podem variar de acordo com a tradição e vertente. Nem todas as vertentes de Bruxaria utilizam instrumentos mágicos, e muitos praticantes defendem que esses objetos não são indispensáveis para atividades mágicas - no entanto, ajudam a manter a concentração e o foco.
   Cada instrumento mágico possui uma simbologia própria, que auxilia o praticante a se concentrar e focalizar sua intenção durante a realização de um ritual ou feitiço, mesmo que inconscientemente. Essa simbologia evoluiu através de vários séculos, desde as primeiras tradições pagãs até hoje, e seus diferentes significados também ganharam inúmeras atribuições mágicas. Portanto, existem várias formas de utilizar os instrumentos mágicos, e várias simbologias para cada um; cada praticante possui liberdade para usá-los - ou para optar não usá-los - da maneira como quiser.
   É comum que alguns instrumentos ritualísticos sejam confeccionados pelo próprio praticante, pois isso confere uma conexão mais profunda do bruxo, ou bruxa, com o instrumento. Se você não pode fabricar seus instrumentos mágicos sozinho, não se preocupe, pois não há nada de errado em comprá-los prontos, seja de um artesão ou de uma loja.

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Como escolher meus instrumentos mágicos?


   Primeiramente, você deve saber de que material eles são feitos. Evite plástico, visto que ele não é um bom condutor de energia, e isso é uma importante característica para instrumentos mágicos. Há ocasiões em que o plástico pode ser utilizado - para evitar que o magista entre em contato com energias -, porém são bastante específicas. Para simplificar: evite!
   Cada instrumento mágico possui uma simbologia e uma finalidade; portanto, estude-as para saber qual o material se encaixará melhor em suas práticas. Caldeirões, por exemplo, podem ser feitos de ferro, barro, cerâmica... escolha aquele que suprirá suas necessidades. Um caldeirão de cerâmica, na forma de um conjunto para fondue (exemplo), é uma escolha perfeita para quem tem costume de realizar muias poções. Para aqueles que costumam praticar magia na cozinha, uma panela de barro grande já serve como caldeirão. Mas para quem é mais eclético, um caldeirão de ferro pode ser a melhor opção.
   É essencial estudar todos os instrumentos mágicos, suas finalidades e simbologias pois é possível que você não sinta necessidade de ter todos. Nem todos os bruxos e bruxas possuem sinos, bastões e vassouras mágicas em seus altares, e isso é completamente normal, visto que cada praticante possui suas próprias crenças e práticas. Se funciona, é o que importa.

   Purificação e Consagração


   Antes de utilizar um instrumento mágico, é preciso purificá-lo e consagrá-lo. Isso serve tanto para instrumentos comprados ou feitos em casa.
   A purificação é o processo que retirará todas as energias acumuladas no instrumento mágico, de maneira que ele ficará pronto para a consagração, livre de quaisquer possíveis influências negativas para suas práticas mágicas. Já a consagração é o ato de depositar energias em seu instrumento mágico, para que ele sirva perfeitamente ao seu propósito.

Purificação


   Quanto mais são utilizados, maior a energia acumulada nos instrumentos, facilitando ainda mais a realização de magia com eles. No entanto, é preciso tomar cuidado para não acabar dependente dos instrumentos mágicos.
   Muitos bruxos e bruxas costumam purificar seus instrumentos com certa frequência - de seis em seis meses, no começo de cada Roda do Ano, ou em datas pré-estipuladas. Dessa forma, evitam se tornar dependentes dos seus instrumentos mágicos, e podem renovar as energias contidas neles com certa regularidade, para manter apenas energias benéficas à magia em seus objetos ritualísticos.

   ☾ Ritual simples de purificação

   Separe uma bacia com água e coloque um pouco de sal - grosso ou marinho, se possível -, e acrescente algumas ervas, como alecrim e sálvia. Trace o círculo mágico ao seu redor, se for de seu costume, e deixe os objetos que você quer purificar próximos a você.
   Molhe sua mão na água da bacia, preferencialmente a mão com que você escreve, e respingue a água no objeto. Enquanto você o salpica com as gotas de água, visualize que está purificando-o e retirando todas as energias acumuladas naquele objeto até então. Imagine as energias deixando o objeto, indo embora. Repita o gesto de jogar água no objeto três vezes.
   Se quiser falar algo durante a purificação - como por exemplo: "esteja purificado, que assim seja" -, deixe seu coração lhe guiar.

Para saber mais: Purificação.

Consagração


   Após a purificação, realiza-se a consagração, que é um ritual simples feito para tornar o objeto imbuído com magia e para direcionar essa magia às finalidades corretas. No ritual de consagração - que pode ser feito de várias maneiras -, o praticante dirá ao instrumento mágico para que ele servirá, e depositará energias no instrumento, tornando-o mágico e pessoal.

   ☾ Ritual simples de consagração

   Acenda um incenso de arruda ou sândalo. Caso não tenha, pode optar por um de sua preferência. Segure o objeto em uma mão e o incenso em outra, e envolva o objeto pela fumaça do incenso. Enquanto passa o objeto pela fumaça, diga qual será o propósito dele - mesmo que mentalmente.
   Exemplo: "Eu consagro esse incensário para que me sirva como um instrumento mágico durante minhas práticas. Que esse objeto me acompanhe e me auxilie em meu caminho."
   Então, desenhe um pentagrama no ar, sobre o objeto. Você pode terminar a consagração com uma frase, como por exemplo: "Com o auxílio do Ar, você está consagrado" ou "Com as bênçãos da Arruda (ou a erva do incenso que você escolheu), eu lhe consagro. Que assim seja.".

Para saber mais: Consagrando Objetos.

   Perguntas comuns


 Outras pessoas podem tocar nos meus instrumentos mágicos?
   Não é recomendável que se deixe outras pessoas tocarem. Cada pessoa possui uma carga energética própria, e isso pode acabar influenciando no desempenho do instrumento depois. Ou seja, sempre que alguém tocar em um dos seus objetos ritualísticos, purifique e consagre seu instrumento mágico novamente.

 Preciso ter um altar para guardar meus instrumentos mágicos?
   Não, você não é obrigado a ter um altar para manter seus instrumentos; pode guardá-los em uma gaveta, em uma bolsa, ou em uma caixa. Porém, guarde somente seus instrumentos mágicos e nenhum outro objeto nesse local que você escolher. É recomendável que você enrole-os em um tecido de cor preta, para que não absorvam impurezas ou energias quaisquer que possam estar no recinto.

☾ Como faço a limpeza física dos meus instrumentos?
   Você que sabe; pode fazer com água e sabão, ou com um pano úmido. Depende do material de que o instrumento mágico é feito. Caso queira purificar e reconsagrar o objeto, faça-o logo após a limpeza física.

 Posso dividir meus instrumentos mágicos com outro(a) bruxo(a)?
   Sim, pode! Nesse caso, não é necessário que se purifique e reconsagre os instrumentos toda vez que algum dos dois os utilizar; no entanto, é recomendável que ambos estejam presentes nos momentos de purificação e consagração. O mesmo se aplica para covens ou grupos que dividem seus instrumentos mágicos.

 Preciso ter todos os instrumentos mágicos? O que faço se um ritual pede um instrumento que ainda não tenho?
   Não, você não precisa ter todos os instrumentos mágicos. Seu maior templo é seu corpo, e você sempre pode improvisar com elementos da natureza. Os instrumentos mágicos servem como um apoio, porém não é estritamente necessário utilizá-los para que a magia dê certo.
   Caso você pretenda seguir uma "receita" pronta de ritual que peça um instrumento mágico que você não tem, é possível adaptar o ritual para retirar o uso de um ou mais instrumentos mágicos, mas isso geralmente requer uma experiência com magia um pouco mais avançada.
   Se você ainda não é muito experiente, procure rituais e/ou feitiços que não utilizem os instrumentos mágicos que você não tem, ou tente criar os seus próprios rituais - o que já conferirá uma maior carga energética para sua magia.

Um dos meus objetos ritualísticos quebrou. O que eu faço?
   Jogue fora. Instrumentos quebrados não servem para magia. Lembra da varinha quebrada do Ron em Harry Potter, que mais atrapalhava que ajudava? Então, é exatamente aquilo.
   Se apenas caiu um detalhe ou uma decoração, não tem problema colar de volta.

 Posso consagrar meus instrumentos mágicos para uma divindade?
   Poder, pode. Mas pense bem: uma vez que você consagrar seus instrumentos para uma divindade, utilize-os só com ela. A divindade pode se ofender caso você utilize-os em um trabalho mágico com outra entidade mágica, ou até mesmo com a motivação pela qual você está fazendo um trabalho mágico.
   Caso você realmente queira consagrar um instrumento mágico, consagre apenas um deles - com uma simbologia que tenha sentido - para uma divindade ou um casal de divindades. Assim, você pode deixar aquele instrumento ritualístico somente para atividades mágicas com a presença da divindade a quem você o consagrou, e fica mais fácil substituí-lo ou conseguir outro para as outras práticas mágicas sem a companhia divina.

 Não tenho dinheiro para comprar os instrumentos! O que faço?
   Improvise. Separe uma faca de cozinha qualquer com cabo preto para ser seu athame. Use uma pequena panela de barro ou de ferro para ser seu caldeirão. Arranje uma tigela com sal para substituir o incensário. O pentáculo e/ou prato de oferendas pode ser feito com um prato ou tábua de madeira redonda, basta pintar com tinta de madeira um pentagrama ou outros símbolos em sua superfície.
   Existem inúmeras maneiras de adaptar objetos normais para servirem como instrumentos mágicos, e também várias formas de confeccionar os seus próprios instrumentos - procure vídeos ou tutoriais e você com certeza encontrará dicas para a fabricação caseira das suas ferramentas ritualísticas.
   Detalhe: caso você improvise ou confeccione os seus instrumentos em casa, lembre-se que é necessário purificá-los e consagrá-los antes do uso. E utilize esses objetos somente para suas práticas mágicas. Nada de pegar uma faca da cozinha para ser seu athame e depois do ritual lavá-la e devolvê-la para a gaveta!
   Além de improvisar, um feitiço para prosperidade que dê uma forcinha para conseguir seus instrumentos mágicos sempre pode vir a calhar, não é mesmo?

   Feitiço para prosperidade financeira

   Na parte de baixo de uma vela verde, desenhe um cifrão ou uma runa de prosperidade, enquanto mentaliza a prosperidade financeira que você deseja. Unte-a com azeite de oliva e jogue bastante canela em pó ao redor da vela, enquanto permanece mentalizando a prosperidade.
   Coloque a vela em um pires ou tigela pequena, e deposite várias moedas ao redor. Opte por moedas de valor alto. Cada vez que você coloca uma moeda, visualize a prosperidade e o dinheiro que você quer. Mentalize o porquê você está fazendo esse feitiço, e se visualize completando esse objetivo - ou seja, usando seus instrumentos mágicos.
   Quando terminar de colocar as moedas, acenda a vela e deixe-a queimar até o fim. Se você quiser, pode falar algo em voz alta para fortalecer seu pedido por prosperidade financeira. Caso precise apagar a vela por quaisquer motivos, lembre-se de acendê-la novamente quando puder, até que ela queime por completo. Enterre as moedas e os restos da vela em um jardim ou coloque em algum lugar escondido onde haja vegetação como oferenda para os Gnomos.

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A ritualizar de varinha em mão,
   Alannyë Daeris.

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Dragon Magick: Magia Draconiana


   Magia Draconiana, ou Dragon Magick, caracteriza-se por ser todo o tipo de magia feita em companhia ou com o auxílio de Dragões. Não é uma forma de religião ou culto, mas sim uma forma de realizar magia com a presença e com a energia dos Dragões.

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   Sobretudo, é preciso começar compreendendo o que, ou quem são os Dragões. A denominação por si só tem um estereótipo fantástico, de seres alados e poderosos que tem o poder de soprar fogo e que estão presentes nos mais diversos livros fantasiosos, videogames e RPGs. Mas eles vão muito além disso.
   Há muitas divergências a respeito da história dos Dragões. Muitos afirmam que, um dia, eles povoaram a terra e voaram sobre nossos céus, mas devido à crueldade que notaram nos seres humanos, deixaram de viver no plano material em que vivemos, e passaram apenas a existir no plano astral. Alguns Dragões mantêm sua curiosidade pelos humanos, como guardiões, mas nem todos possuem esse desejo de manter contato ou de auxiliar.
   Outra versão afirma que os Dragões possuem seu próprio plano de existência, que embora não se manifeste fisicamente no nosso, é intrínseco e faz com que seja possível que possamos contatá-los. Por vezes, é dito que Deuses e Dragões dividem o mesmo plano; mas também diz-se que Dragões vivem em seu único plano, compartilhado com Gárgulas e outros seres mágicos, ainda possuindo a capacidade de interferir e contatar os outros planos.
   Apesar de serem citados como uma raça inteira, cada Dragão possui sua personalidade e seus gostos. Portanto, seja diplomático ao contatar Dragões, para não ofendê-los ou conseguir sua antipatia. Conheça-os, envolva-se com eles, para conquistar a confiança e ser digno de possuir o auxílio dos mesmos em suas práticas mágicas.
   Assim como os seres humanos, ou como outros seres mágicos, como as Fadas, cada Dragão possui suas particularidades, suas preferências, e também seu próprio código de honra e ética. Dragões levam seus códigos de honra muito a sério, portanto, caso você vá contra o código pessoal do mesmo, não espere auxílio ou amistosidade. Ter ética e honra é uma qualidade muito apreciada pelos Dragões, e essencial para qualquer praticante de Magia Draconiana.
   As descrições sobre como os Dragões se parecem possuem bastante variações, ainda que sempre sejam considerados grandes entidades reptilianas. Possuem asas, escamas, olhos similares aos dos répteis, embora a quantidade de asas e patas seja variável de acordo com a cultura. Os Dragões asiáticos, por exemplo, são como grandes serpentes e não possuem asas; já os europeus parecem-se com os clássicos da literatura fantástica e dos videogames: quatro patas, asas grandes e corpo robusto. Ainda assim, o que importa é a energia que o Dragão emana, e que auxiliará não apenas na relação que será mantida com o mesmo, mas também nas formas de magia que serão desenvolvidas em conjunto. Sua aparência é apenas a forma como você o reconhecerá em meditações e interações.
 

   Mas afinal: o que é Dragon Magick?


   Dragon Magick é simplesmente o ato de praticar magia com o auxílio dos Dragões. Alguns acreditam que é um sistema mágico à parte, porém, o contato com os Dragões pode ser inserido em qualquer sistema mágico existente. Ou seja, não é uma tradição ou um culto, nem mesmo uma religião, mas sim um relacionamento construído entre os indivíduos - praticante e Dragão. Para ter sucesso na magia feita com o auxílio desses seres, é preciso que seja criado um laço entre o bruxo/magista e o Dragão.
   A Dragon Magick é um relacionamento que nem todos os praticantes podem conquistar; é necessário honra, ética, responsabilidade e a capacidade de enfrentar quaisquer conflitos, inclusive sobre si mesmos, que a vida os apresentar.
   Pode ser feita em grupos ou celebrada em covens, porém costuma ser realizada em um caminho solitário, visto que trabalha muito com o magista em âmbito de autoconhecimento, disciplina, força interior, coragem e desejo de buscar conhecimento. Os Dragões, uma vez que confiem no magista que os invocou, auxiliam magicamente como se fossem um "co-magista", ou seja, um ajudante mágico.

Os Dragões e os Elementos


   Existem cinco pilares na Magia Draconiana. Fogo, Água, Ar, Terra e Caos. Os Dragões se dividem nesses elementos, e também são vistos em combinações ou subdivisões dos mesmos em Dragões menores. O elemento de que o Dragão faz parte influencia em sua aparência e um pouco em sua personalidade; representa a esfera da magia cujas energias desse ser são mais poderosas.
   Alguns magistas acreditam que também existam Dragões de Luz, ou Espírito, para contrabalancear os Dragões do Caos. No entanto, não estão acrescentados nessa descrição.

☽❍☾ Dragões de Fogo
 ☾ Líder: Fafnir
 ☾ Cores: Vermelho puro, âmbar, laranja e cores relacionadas às chamas
 ☾ Direção: Sul
 ☾ Subdivisões: Dragões da Fumaça, do Calor, da Lava e do Deserto.

   Esses Dragões possuem um gênio forte e bastante disposição, porém podem ser compreensivos e gentis. No entanto, são imprevisíveis e complicados de lidar até que lhe conheçam bem. Quando você conquista a lealdade e a amizade de um Dragão de Fogo, ele se torna um poderoso e protetor aliado. Apreciam rituais com tambores e dança, em que haja um grande contato dos instintos.
   A magia com Dragões de Fogo pode envolver purificação pessoal, quebra de barreiras, e coragem para atravessar os obstáculos. É difícil de lidar, pois a magia dracônica de fogo é bastante poderosa e não possui limites para sua força. Porém, pode trazer força e vitalidade para o andamento de projetos e para realizar seus objetivos. Também pode ser empregada para incentivar paixões e relacionamentos.

 ☾ Correspondências mágicas: Entusiasmo, mudança, paixão, coragem, força, purificação, liderança, cuidado, proteção, vitória, sangue, calor, sol, e verão.
 ☾ Correspondências negativas: Ciúmes, raiva, inveja, conflitos, egocentrismo, impulsividade, medo e irritabilidade.

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☽❍☾ Dragões de Água
 ☾ Líder: Naelyon
 ☾ Cores: Azul puro, azul marinho, verde escuro e turquesa.
 ☾ Direção: Oeste
 ☾ Subdivisões: Dragões do Gelo, da Névoa, e da Chuva.

   Esses Dragões são extremamente calmos e costumam interagir com pessoas cujos sentimentos são bastante aflorados. Podem ser silenciosos e tímidos até que se desenvolva um laço entre o Dragão e o magista. Sua influência é tranquilizante e gostam de participar de meditações e rituais em que haja uma grande carga sentimental envolvida; também apreciam as artes como poesias, músicas profundas e pinturas.
   A Magia com os Dragões de Água geralmente é feita para lidar com emoções - seja para acalmá-las ou para intensificá-las. Também é empregada na fluidez de seus objetivos, para que continuem acontecendo sem interferências. Dragões de Água auxiliam em divinações e meditações, e no desenvolvimento da vidência e da empatia, bem como trazem calma e tranquilidade para quaisquer situações. Podem ser invocados para magias de cunho amoroso, desde que haja sinceridade.

 ☾ Corespondências mágicas: Amor, compaixão, intuição, calma, confiança, tranquilidade, divinação, fluidez, emoções e sentimentos, profundidade, harmonia, sinceridade.
 ☾ Correspondências negativas: Indiferença, preguiça, insegurança, medo, timidez, apatia, tristeza, instabilidade, confusão, mágoa.

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☽❍☾ Dragões de Ar
 ☾ Líder: Sairys
 ☾ Cores: Amarelo puro, amarelo claro, azul claro, cinza, branco.
 ☾ Direção: Leste
 ☾ Subdivisões: Dragões da Tempestade, do Vento, do Tempo e dos Relâmpagos.

   Esses Dragões são de natureza bastante pacífica e gostam de compartilhar conhecimento, sendo atraídos por conhecimento e intelecto. São bastante falantes e adoram interagir, especialmente em contato com outros seres mágicos, divindades ou em meditações e estudos. É fácil aproximar-se de um Dragão de Ar, embora sejam dispersos e um tanto individualistas. Música e incenso podem atraí-los.
   A Magia com os Dragões de Ar pode ser feita em busca de mudanças e renovação, para dar o pontapé inicial a projetos e inícios, ou no favorecimento da comunicação e do conhecimento. Eles favorecem a interação social, a fala em público, assim como o aprendizado e os estudos. Também auxiliam em Magia Temporal e na versatilidade para lidar com várias situações. Gostam de compartilhar conhecimento e sabedoria, assim como trazer ideias novas para alimentar a criatividade.

 ☾ Correspondências mágicas: Novos começos, felicidade, intelecto, astúcia, criatividade, inteligência, felicidade, bom-humor, comunicação, otimismo, primavera, renovação, versatilidade, raciocínio rápido e lógico.
 ☾ Correspondências negativas: Fofoca, desatenção, esquecimento, dispersão, egocentrismo, arrogância, estagnação, futilidade, inconstância.

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☽❍☾ Dragões de Terra
 ☾ Líder: Grael
 ☾ Cores: Verde puro, todos os tons de marrom, amarelo e preto.
 ☾ Direção: Norte
 ☾ Subdivisões: Dragões de Pedra, da Natureza, da Montanha, e da Floresta.

   Esses Dragões são bastante quietos e observadores; podem demorar a fazer contato, ainda que estejam presentes. São honestos e diretos; não gostam de dramas ou enrolações. Porém, também são bastante protetores e cuidadosos, e se interessam por pessoas esforçadas e sinceras. Cristais e metais são itens que podem atraí-los, visto que apreciam tesouros - tanto dinheiro quanto objetos com valor sentimental.
   A Magia com Dragões de Terra é feita para objetivos de longo prazo, com grande estabilidade e prosperidade como principal foco. São Dragões que prezam os relacionamentos familiares e, portanto, gostam de construir intimidade e laços fortes com aqueles que os invocam. Também ajudam a lidar com responsabilidades, a construir uma vida profissional de sucesso, alcançar estabilidade em todas as áreas da vida, e a criar resistência mental e física. Ainda que favoreçam a prosperidade, gostam de observar persistência e esforço para que tais metas sejam alcançadas.

 ☾ Correspondências mágicas: Respeito, resistência, família, prosperidade, força, estabilidade, metas, responsabilidade, profundidade, harmonia, propósitos.
 ☾ Correspondências negativas: Teimosia, fraqueza, rigidez, insensibilidade, avareza, ignorância, antipatia, hesitação, falta de consciência e de mudança.

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☽❍☾ Dragões do Caos
 ☾ Líder: -
 ☾ Cores: Tons escuros de roxo e o preto; também são relacionados com o prata.
 ☾ Direção: -
 ☾ Subdivisões: -

   Esses Dragões são um tanto complexos de lidar. Suas personalidades podem variar bastante; tem uma tendência à anarquia e a quebrar regras; seus códigos de honra pessoais também são diversificados, porém os seguem com fidelidade. Não podem ser considerados maus ou bons, visto que apenas gostam de provocar intensas mudanças para o crescimento do magista. São interessados e gostam de interagir, julgar e observar quem os invoca, sendo sinceros em seus julgamentos; podem provocar confrontos com os medos e os aspectos obscuros do magista, buscando a evolução pessoal do mesmo.
   A Magia com Dragões do Caos pode ser feita em busca de mudanças bruscas e fortes, renovação, inícios ou fins de ciclos, sorte, aprendizado, e quebra de barreiras e de coisas prejudiciais. Esses Dragões favorecem Magia Estelar e Planetária e divinações em geral, ainda que possam trabalhar com todas as esferas de magia. Uma vez que um relacionamento é criado entre um magista e um Dragão do Caos, este o acompanhará em todas as suas atividades mágicas, e trará os ventos da mudança a todo instante para sua vida.

 ☾ Correspondências mágicas: Mudança, caos, magia, divinação, autoconfiança e autoconhecimento, aprendizado, meditações, evolução, aperfeiçoamento, sucesso, renovação.
 ☾ Correspondências negativas: Inconstância, caos, arrogância, destruição, catástrofes, aleatoriedade, imprevisibilidade, dispersão.

 Começando na Dragon Magick - Invocando os Dragões


   Existem inúmeras formas de iniciar o contato com os Dragões. Porém, todos eles podem ser resumidos em um método bastante simples: convide-os. Atraia-os para sua vida. Não é preciso elaborar rituais complexos para dar seu primeiro passo; apenas mentalize que você deseja invocá-los para fazer parte de sua vida, e siga sua intuição.
   Depois de dado o primeiro passo, pense: que tipo de Dragão você quer atrair? Com qual você se identifica mais? Pode ser que você já possua um Dragão Guardião de um dos elementos acima, caso você tenha se identificado fortemente com a descrição de algum deles. Se você não tem certeza, ou se prefere iniciar através de uma apresentação mais formal, segue um exemplo de ritual simples para a invocação de Dragões.

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Ritual Simples para a Invocação de Dragões


   Esse ritual pode ser feito em qualquer dia da semana, em qualquer horário, desde que não haja interrupções durante a realização. Prepare o lugar, purificando-o com incenso de uma erva de sua preferência. Você pode optar por músicas calmas, se achar necessário.
   Abra o círculo mágico, caso você costume utilizá-lo. Convide os Dragões para participarem do seu ritual, e fale quais as motivações por trás dessa invocação. Se você deseja somente atrair seu Dragão Guardião, peça diretamente a ele que esteja com você. Seja sincero e fale tudo aquilo que sentir necessidade.
   Quando se sentir pronto, feche os olhos. Sente-se, e coloque uma vela em sua frente. Se você não souber que cor utilizar, opte pelo branco. Se desejar invocar um Dragão específico - para convidá-lo a manter contato com você, por exemplo -, utilize uma vela da cor correspondente ao elemento dele.
   Fique em silêncio e visualize seu templo interior. Seu templo interior é aquele lugar onde você mais se sente seguro, e pode ser completamente imaginário. Deixe sua mente relaxar e fluir. Em algum momento, o Dragão estará com você.
   Após a meditação, faça uma pequena oferenda em honra do Dragão. Pode ser uma poesia, uma dança, uma fruta, ou até mesmo a consagração de um objeto ou joia. Repita o ritual se sentir necessidade de se conectar com os Dragões, ou de interagir com seu Dragão Guardião.

   Também pode-se realizar esse ritual caso você queira a intervenção de uma divindade no contato com os Dragões. Nesse caso, convide o Deus ou a Deusa em questão - que pode ou não ser Tiamat, a Deusa conhecida por ser a mãe dos Dragões - e os Dragões em sua invocação no início do ritual. Peça para a divindade que ela lhe auxilie, lhe enviando um Dragão interessado em manter um relacionamento com você. Se for de seu interesse, você já pode consultar um oráculo durante o ritual para descobrir qual o elemento do Dragão que lhe acompanhará.
   Qualquer que seja o caso, em alguns dias, o Dragão que você invocou aparecerá em sua vida, por meio de sonhos, meditações ou diversas outras formas. Então, cabe a você manter seu contato com ele, através de meditações e da prática de magia. Lembre-se que o relacionamento com os Dragões deve ser construído com paciência e determinação, então, não inicie um contato caso você não vá mantê-lo. Dragões tendem a ir embora se forem negligenciados ou notarem falta de interesse.
   Quando você de fato começar a trabalhar com o Dragão que invocou, lembre-se de ser respeitoso, e agradeça-o sempre que possível por seu auxílio. Mantenha em mente que você é um aprendiz, e que caso seja sincero e ético na hora de lidar com os Dragões, terá poderosos amigos para lhe ajudar em suas atividades mágicas.

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Dragão Guardião e Dragão Guia


   O Dragão Guardião é aquele que escolheu lhe proteger. Nem todos possuem um Dragão Guardião; porém, todos podem convidar um Dragão que se interesse para que os protejam e para que esteja presente em suas vidas. Ele pode ir embora a qualquer momento; mas, se o fizer, você pode criar laços com outro Dragão interssado. Os Dragões Guardiões são aqueles que costumam aparecer em meditações e auxiliam bastante na prática de magia; após construído um laço entre o Dragão e o magista, eles costumam aparecer com frequência. Quando você se sentir desprotegido ou com medo, contate seu Dragão Guardião através de meditação ou de um ritual.
   Dragões Guias são aqueles que optam por lhe auxiliar em seu caminho. Podem ser os mesmos Dragões que agem como seus Guardiões, como podem ser Dragões completamente diferentes. É bastante difícil contatar seu (ou seus) Dragão Guia, visto que preferem aparecer somente quando julgam necessário. Suas aparições são feitas através de sonhos ou de meditações, e servem para lhe ensinar certas lições. Quando você se sentir perdido ou sem propósito, tente meditar ou consultar um oráculo com seu Dragão Guia.

Altar aos Dragões


   Ter um altar focado na Magia Draconiana não é necessário; ainda assim, é uma forma de centralizar seu contato com os Dragões, e também de facilitar o processo da realização de magia. Se você já possuir um altar focado nas práticas mágicas, pode adaptá-lo para a magia com os Dragões; se não, pode facilmente adaptar um cantinho para dedicar a eles.
   Um altar simples pode conter apenas as representações básicas de cada elemento - copo com água ou conchinhas, um incenso ou uma pena, uma vela e um cristal ou um pratinho com sal ou terra - e algum símbolo em homenagem aos Dragões. Você pode colocar estátuas, desenhos, poemas, velas, incensos, cristais, flores, e coisas relacionadas ao elemento do, ou dos Dragões com quem você se relaciona. Oferendas e rituais também serão feitos nesse altar.
   Caso você tenha um foco mais direcionado na prática de magia, é recomendado que tenha instrumentos mágicos consagrados apenas para a Magia Draconiana. Podem ser instrumentos simples, desde que sirvam para seu propósito; caso você consagre algum instrumento ou objeto para Magia Draconiana, evite utilizá-los em magias que os Dragões não participem.
   As oferendas aos Dragões podem ser bastante variadas, dependendo principalmente do elemento e da personalidade do Dragão com quem você trabalha. Em geral, Dragões apreciam coisas feitas para eles - desenhos, poemas, músicas, danças, estátuas, ou até mesmo alimentos feitos com a intenção de agradá-los. Para saber de oferendas mais específicas, a recomendação é que você medite e interaja com seu Dragão, pois seus gostos podem diferir bastante.

Divinação com os Dragões


   Dragões costumam interagir bastante através de oráculos, e também favorecem as divinações em geral. Se você procura por respostas diretas e precisas, convide um Dragão para lhe acompanhar na próxima consulta aos oráculos que você fizer. Eles podem ajudar em qualquer meio que você preferir - seja ele o Tarot, as Cartas Ciganas, as Runas Nórdicas, Scrying, entre outros.
   A melhor forma de divinar com os Dragões, no entanto, é através das Runas dos Dragões. Elas podem ser usadas para se comunicar diretamente com eles, ou para que eles lhe auxiliem a interpretar da melhor maneira possível as respostas obtidas através desse oráculo.
☾ Leia mais sobre as Runas dos Dragões.

Símbolos Dracônicos


   Na Magia Draconiana, pode-se incorporar símbolos relacionados a quaisquer sistemas mágicos ou crenças. Portanto, qualquer que seja o tipo de magia que você esteja praticando, sinta-se à vontade para empregar os símbolos que achar importantes e que auxiliarão nas energias empregadas.
   No entanto, alguns símbolos são considerados de importância especial para os Dragões. Caso utilizados corretamente, podem fortalecer ainda mais a magia em curso, e também honrar o Dragão que estejam trabalhando nela. Alguns exemplos são:

O Pentagrama
É o símbolo clássico da Bruxaria, mas também pode representar os cinco elementos aos quais os Dragões pertencem: Terra, Fogo, Ar, Água e Caos. É um ótimo símbolo protetor, especialmente se consagrado para o contato dracônico.

Olho de Dragão
Representa aquilo que está oculto, ou que é desconhecido. É utilizado como um símbolo de proteção, mas também como um símbolo para a magia e para o conhecimento das artes ocultas.

Chamas/Fogo
São um dos símbolos dracônicos - a baforada de chamas. Mesmo que nem todos os Dragões cuspam fogo, é poderoso por representar a cura e a destruição.

Serpente
É o animal mais próximo aos Dragões que conhecemos; as serpentes são conhecidas por lembrarem renovação, sabedoria, conhecimento, astúcia, sexualidade, imortalidade e novos começos.

Ouroboros
O Ouroboros é uma imagem de uma serpente, ou de um Dragão, engolindo a própria cauda. Ela demonstra a completude, o infinito, a recriação de si mesmo - ou seja, um ótimo símbolo para a conexão com os Dragões do Caos, que são responsáveis por esses acontecimentos.

Espiral
Encontrado em várias culturas e tradições, a espiral na Magia Draconiana representa a magia acontecendo, e pode servir para intensificar atividades mágicas feitas com os Dragões.

Dicas para praticantes de Dragon Magick


☾ Disciplina e responsabilidade são as palavras chave na Magia Draconiana. E confiança é a base do seu relacionamento com os Dragões; portanto, tenha palavra e honra.
☾ Não tenha medo dos Dragões. Você deve ganhar sua confiança, porém o medo apenas o atrapalhará e os afastará.
☾ Seja respeituoso. Agradeça pela ajuda deles sempre que for possível. Retribua o auxílio com oferendas. Não tente dar ordens a um Dragão, pois dessa forma, nenhum quererá trabalhar com você.
☾ Utilize a magia de forma responsável. Não se desvie de seu código de ética ou peça para um Dragão lhe ajudar em algo que vai contra os princípios dele.
☾ Pode ser difícil começar a se relacionar com os Dragões. Mas não desista; seja sincero e persistente, e demonstre que vale a pena trabalhar com você. Caso você fique confuso com o que determinado Dragão está tentando lhe mostrar, peça por sinais diretos, e tenha paciência.
☾ Você não pode forçar um Dragão a lhe ajudar, nem pode definir qual será a personalidade e o elemento do seu Dragão Guardião. O que você pode fazer é convidá-los para sua vida e se certificar de que se sintam atraídos.
☾ Caso o Dragão com que você está trabalhando diga seu nome, ou lhe peça para nomeá-lo, guarde bem esse nome e não divulgue-o a menos que ele lhe permita. Esse será o nome que você poderá utilizar para invocá-lo e para pedir sua ajuda.
☾ Dragões vão inevitavelmente lhe testar e lhe fazer passar por dificuldades para conhecerem quem você realmente é. Faz parte da Dragon Magick lidar com esses desafios, para que se alcance autoconhecimento e crescimento pessoal.
☾ Magia Draconiana leva tempo para aprender. Para algumas pessoas, apenas algumas semanas são necessárias para começar a praticar magia com os Dragões; para outras, meses de estudo podem não ser suficientes. Reconheça suas limitações e estude o máximo que puder.

A estudar,
Alannyë Daeris.

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Seres Mágicos: Fadas


   O termo "Fada" serve como uma descrição para inúmeros tipos de espíritos da natureza e seres mágicos. Existem inúmeros tipos de Fadas, e cada um desses tipos possui suas próprias características, assim como personalidade própria.
   Muitas pessoas, quando pensam em Fadas, logo lembram da imagem de uma pequena criatura com feições delicadas e asas; isso não está errado, porém, existem várias outras formas em que as Fadas podem aparecer. Nem todas as Fadas são fêmeas e delicadas, ou voam.

☽❍☾

   Acredita-se que as Fadas vivem em um plano mágico paralelo ao nosso, porém, ambos os planos interagem um no outro. Existem inúmeras portais para o mundo das Fadas, geralmente situados em florestas e em lugares naturais. Círculos de cogumelos, arcos feitos de árvores, colinas, cachoeiras e rios são conhecidos por serem famosos portais. Há datas em que o véu entre os mundos está mais fino e contatar as Fadas se torna mais fácil.
   As Fadas são seres com um grande potencial mágico. São bastante inteligentes, astutas e curiosas. Dividem-se em dois principais tipos: Seelies e Unseelies. Porém, são mais conhecidas pelas cortes que as regem, sendo, respectivamente: Corte de Verão e Corte de Inverno.
   Todas as Fadas, independentemente de seu tipo, possuem afinidade com magia natural, apesar dessa afinidade poder ser maior ou menor. Diferentemente dos elementais, as Fadas podem lidar com todos os elementos, e costumam estar atreladas a determinadas manifestações da natureza; germinação, apodrecimento, digestão, e também a elementos da natureza, como musgos, fungos, inverno, luz, calor, morte.

As Cortes de Fadas


☾ Seelies: A Corte de Verão e de Primavera

   As Fadas Seelies são aquelas mais conhecidas e disseminadas na cultura popular; são animadas, bondosas, porém brincalhonas. Elas tendem a ajudar humanos em necessidade, mas podem se tornar irritadiças quando enfrentam mau humor ou falta de educação.
   São regidas pelas Deusas Aine, Titânia e Aisling. Possuem um código de honra que seguem com fieldade, e prezam a diplomacia, a honestidade e a gentileza. São agentes da ordem e auxiliam na continuidade, na estabilidade do que existe.
   Essas Cortes gostam de praticar magia ilusória, como glamoury, conjurações e magia elemental - principalmente com fogo.

☾ A Corte de Verão: É a que existe em maior quantidade dentre as Seelies. Representam o verão; são explosivas, alegres, educadas à sua maneira, e se atraem por música, dança e alvoroços. Apesar de serem otimistas, são mais compreensivas que as Fadas da Corte de Primavera; podem ser um pouco hedonistas. Gostam de coisas coloridas e adocicadas.
☾ A Corte de Primavera: Similares às da Corte de Verão, essas Fadas são mais tranquilas e educadas em relação a elas. Possuem grande curiosidade e otimismo. Podem ser um pouco sentimentais e sensíveis, e se afastam quando sentem muitas emoções como raiva, violência e medo. São relacionadas ao crescimento, a renovação, a criação e ao amor. Atraem-se por doces.

☾ Unseelies: A Corte de Inverno e de Outono

   As Fadas Unseelies são mais sombrias e reservadas; podem ser hostis e selvagens. Porém, apesar de sua fama, não são necessariamente malignas; agem livremente, de maneira meio anárquica. São agentes do caos e da mudança, e auxiliam a provocar a inovação, trazem alternância e a evolução através dela. Não gostam de rotina ou de regras.
   São regidas pelas Deusas Mab, Aiofe e Leannansidhe. Favorecem magias temporais, principalmente envolvendo tempestades e frio, assim como magia ilusória e elemental, ainda que tenham maior afinidade com água. Também possuem conhecimento em magia que envolva sangue.

☾ A Corte de Inverno: Domina sobre as Unseelies; são consideradas o lado mais sombrio das Fadas, ainda que não sejam todas malignas. Quando assustadas ou incomodadas, tendem a ser hostis, porém são sensíveis, tranquilas, lógicas e caóticas. Essas Fadas são bastante quietas e observadoras, mas uma vez que criam laços, são ótimas amigas e conselheiras.
☾ A Corte de Outono: Tendem a ser um pouco melancólicas, porém podem ser muito sociáveis. As Fadas da Corte de Outono são conhecidas por retribuírem favores de maneira exagerada, e podem criar longos laços de amizade com humanos. São fortes, e possuem um mistério místico, assim como uma conexão abundante com a morte.

☾ A Corte das Sombras

   São Fadas que não fazem parte de nenhuma das Cortes acima. As Fadas dessa corte são responsáveis pelos sonhos e pesadelos, e são feitas de escuridão e melancolia. São muito misteriosas e incompreendidas, devido à sua obscuridade.
   A Corte das Sombras, além de realizar magia com os sonhos e praticar divinação, é o único tipo de ser mágico que pratica magia das sombras (Shadow Magick).

Atraindo as Fadas


   Fadas, num sentido geral, gostam de estar entre a natureza e de serem convidadas através de presentes, imagens e estátuas as representando, incensos, doces e cristais. Se você tiver um altar, coloque nele algumas coisas que lembrem as Fadas.
   Se você preferir, pode escolher um cantinho para colocar desenhos, estátuas, e ofertar incensos, doces e flores e elas. Esse cantinho pode ser um lugar no jardim, um pedaço da sua estante, ou até mesmo um vaso de flores. Então, convide-as, coloque músicas, recite poesias ou cante em homenagem a elas; as presenteie com frutas e alimentos adocicados, e converse - ou medite - com elas! 
   A melhor maneira de convidar as Fadas para sua vida é através do intermédio de uma das Deusas-Fada. Peça para que uma das Deusas responsáveis pelas Cortes em que você está interessado que permita que algumas Fadas venham ao seu encontro para que você possa conhecê-las. Assim, você garante que Fadas que tem uma energia similar à sua se aproximarão.
   O altar para as Fadas é um portal de conexão com o mundo Feérico; portanto, separe-o dos outros altares caso possível. Os instrumentos mágicos e objetos que farão parte do seu altar das Fadas devem ser consagrados para uso somente com magia Feérica, e é recomendável que você não coloque nada feito de metal nesse altar.
   Uma vez que você decidir atraí-las, lembre-se de que elas estarão presentes com você sempre, então você deverá dar continuidade ao seu contato com elas sempre; evite convidá-las e deixá-las de lado, pois dessa forma as Fadas se chateiam e podem pregar peças em você, ou se afastar.

Magia com Fadas - Faerie Magick


   Depois de já ter um bom contato com as Fadas, você pode dar seus primeiros passos na Magia Feérica. As Fadas aceitam auxiliar em feitiços e em magia através de contratos; ou seja, você dirá o que precisa, ou o que deseja fazer, e negociará com elas o que deverá dar em troca. 
   Embora as Fadas possam pedir por objetos ou coisas materiais, é mais comum que peçam por coisas imateriais. Podem lhe pedir que faça determinada ação, que pare de fazer certas coisas, ou que mude em certos aspectos. Quanto mais ligação você tiver com as Fadas, mais coisas imateriais elas pedirão a você, de acordo com atitudes que elas condenam - por exemplo, que você pare com determinados atos prejudiciais a si mesmo.
   Quando firmado o contrato, não quebre sua promessa! As Fadas conseguirão o que você prometeu de uma forma ou outra, e perderão a confiança em você. E sem confiança, não existe como manter uma boa relação com esses seres mágicos.

O Heptagrama, conhecido como
"estrela das fadas".
   O símbolo geralmente utilizado para representar as Fadas é a estrela de sete pontas, ou heptagrama (representada na imagem ao lado). As sete pontas representam as principais virtudes consideradas sagradas pelas Fadas - especialmente as Seelies.
   As sete virtudes são: humildade, respeito, confiança, gentileza, verdade, honra e dignidade. 
   Você pode desenhar um heptagrama em um pedaço de papel, ou em uma tábua de madeira, e consagrá-lo para a conexão com as Fadas. Assim, mesmo que você não tenha um altar somente para elas, você pode depositar suas oferendas sobre o heptagrama, de forma que ele servirá como um pequeno portal para o mundo Feérico.
   Existem várias aplicações na magia para o heptagrama, assim como o pentagrama. Esse símbolo possui uma forte conexão com os planetas e com Magia Estelar e Planetária - que pode ser combinada em suas práticas de Magia Feérica.


Dicas de leitura: Faery Magick - Sirona Knight
A celebrar as Cortes,
   Alannyë Daeris.

Magia Feérica (Faerie Magick)


   Magia Feérica (também conhecida como Magia Faérica ou Faerie Magick) é o nome dado ao tipo de magia que lida com criaturas mágicas - principalmente Fadas, porém Elfos, Unicórnios, e outros tipos de seres mitológicos.
   A magia feita diretamente com os elementais - ondinas, silfos, gnomos e salamandras - também é considerada um tipo de Magia Feérica. Todos os tipos de espíritos relacionados à natureza podem ser invocados para as práticas!
   A Magia Feérica tem suas raízes na cultura e no folclore das religiões pagãs, sendo baseada nos mitos. Portanto, o melhor jeito de aprender mais sobre esse tipo de magia é estudando as lendas locais e histórias a respeito de cada criatura.

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   É importante citar que Magia Feérica requer um certo tipo de experiência que nem todos os praticantes possuem. Portanto, caso você ainda seja iniciante ou não tenha muita experiência na prática de magia, não é recomendável que tente iniciar na Magia Feérica. Continue estudando e se aperfeiçoando até ter confiança o suficiente para realizar seus primeiros passos nesse tipo de magia.
   Não existe uma maneira certa ou errada de realizar Magia Feérica - mantenha isso em mente sempre! Entretanto, esse texto visa esclarecer aspectos básicos a respeito dessa forma de magia, e também auxiliar você a começar sua própria jornada na magia com os seres mágicos!

Nota: O texto não fala sobre Fadas em específico pois haverá um outro texto focado apenas nelas! Essa é uma introdução à magia com seres mágicos - a introdução às Fadas e as formas de realizar magia com elas será feita em outro momento.

Pontos importantes para a realização de Magia Feérica


   Ter interesse e vontade de estudar é certamente o primeiro passo - e o mais importante! Porém, é preciso muito mais para começar a aprender de verdade sobre esse tipo de magia.

 Conheça os seres mágicos com quem você pretende realizar magia.
   Se possível, estude sobre todos! Porém, é importante que você conheça bem quais são as características da criatura com quem você quer manter contato. Cada ser mágico possui seus pontos fortes e fracos, e nem todos podem auxiliar no tipo de magia que você deseja efetuar.

 Defina que tipo de relação você terá com os seres mágicos.
   Você pretende manter um altar fixo para eles e manter contato com frequência? Ou você só gostaria de invocá-los durante determinados rituais? Talvez sua vontade seja apenas compartilhar conhecimento com eles através de meditações?
   Saiba suas intenções! É importante para que você saiba como atraí-los e honrá-los propriamente, e também para que possa focar suas práticas naqueles com quem você terá uma proximidade maior.

 Medite!
   Estudar é imprescindível, porém meditar com os seres mágicos é igualmente importante! Dessa forma, você os conhecerá além dos mitos, e saberá o que é verdade e o que é apenas exagero por parte das histórias.
   Além disso, através da meditação você sente as energias que aquele ser mágico emana, e terá uma facilidade na hora de realizar magia, pois já tem certo conhecimento prático para lidar com ele.

 Tenha um espaço especial para Magia Feérica.
   Pode ser um altar pequeno, um vaso com flores decorado especialmente para os seres mágicos, ou um jardim florido. Deixe sua criatividade lhe guiar; porém, caso você decida realizar Magia Feérica com certa frequência, tenha em mente que é preciso um espaço especial somente para eles. 
   É com um espaço mágico dedicado aos seres mágicos que você os atrairá para sua vida; e, após começar suas práticas, é onde você irá colocar suas oferendas, fazer suas meditações, e também onde realizará magia. 

 Crie laços.
   Você pode atrair os seres mágicos de acordo com suas intenções, porém, é muito mais proveitoso manter um laço de confiança e de amizade. Após atraí-los e realizar contato com eles, tente manter essa relação; oferte presentes para os seres mágicos que costumam lhe visitar e lhe auxiliar, e você verá que tem muito a aprender! 
   Os seres mágicos em geral são cuidadosos, apesar de amigáveis e dispostos a compartilhar seu conhecimento. Quanto mais confiança houver entre vocês, mais dispostos a lhe ajudar eles estarão. No entanto, mentiras e atitudes desrespeitosas os afastarão.

 Não seja interesseiro e ingrato!
   Claro que você pode convidar uma Fada ou um Leprechaun para lhe auxiliar em um feitiço; no entanto, faça-o com educação e agradeça-o por sua energia! Deixe uma oferenda apropriada de acordo com o ato; do contrário, não espere que aquele ser mágico venha lhe ajudar novamente.
   Por exemplo, se o ser mágico lhe ajudou num feitiço para curar uma doença grave, por exemplo, um simples incenso, por mais que seja ofertado de coração, não é o suficiente. Tenha discernimento.

Nota: Porém, é claro, você não precisa fazer oferendas enormes e caríssimas; com criatividade e boas intenções, não é necessário gastar dinheiro. Você pode realizar um ritual para honrar o ser mágico, escrever um poema em homenagem ao ser mágico, criar uma coreografia especial de uma música que ele possa gostar, ou cozinhar uma comida gostosa para ofertar a ele - e depois dividi-la com a família, ou comê-la em uma celebração especial. Há inúmeras formas de retribuir o auxílio de maneira sincera.

Como começar na Magia Feérica?


   Se você já tem em mente quais suas motivações para começar a praticar Magia Feérica, é hora de colocar a mão na massa e criar um espaço mágico para atraí-los. Portanto, novamente você deve definir: qual tipo de ser mágico você pretende atrair? Cada tipo de fada e criatura mágica possui suas preferências, e através delas você pode criar um lugar especial para que se sintam interessados em você!

Exemplos:

☾ Fadas, em geral, gostam de flores, doces e miniaturas que as representem. Você pode colocar algumas pedrinhas coloridas em um vaso de flores e ofertar amoras a elas. Ou, pode ir a um parque, sentar-se em um local afastado, próximo de flores e árvores, e ofertar uma maçã. Se você possui um altar, pode colocar uma estátua pequena de fada e algumas ervas, talvez até acender um incenso que tenha aroma doce.
☾ Dríades, seres mágicos que vivem nas florestas e habitam as árvores, gostam de quaisquer coisas relacionadas às matas. Portanto, cuidar de uma árvore - mesmo que seja um bonsai -, já é uma boa forma de atrair a Dríade responsável por aquela árvore. Elas são seres vaidosos e que gostam de beleza, então colocar pequenos espelhos decorados, ou bijuterias e miniaturas para elas é uma boa maneira de atraí-las.
 
   Depois de estudar sobre o ser mágico e definir um local especial para ele, convide-o! Diga com suas próprias palavras que deseja a presença dele, cante, recite poemas, acenda velas, oferte frutas e coisas que ele possa gostar.
   E então, medite. Você conversará com os seres mágicos através das meditações, então é importante que você consiga manter meditações sem dificuldades. Caso seja de seu costume, realize o círculo mágico e convide o ser mágico para que venha ao seu encontro, de maneira respeitosa e amigável.
   Converse, deixe suas intenções claras e faça acordos com o ser mágico. Seja gentil e não minta, pois dessa forma você pode afastar o ser mágico e tornar mais difícil que outros queiram se aproximar e manter laços com você.
   Você pode convidar os seres mágicos com quem já interagiu para lhe auxiliarem em feitiços, para fazerem parte de rituais, ou simplesmente meditar com eles. Porém, em qualquer uma das situações, lembre-se de ser respeitoso e realizar oferendas e honras apropriadas.

Praticando Magia Feérica


   Considerando que você já tenha realizado algum tipo de contato com um ser mágico de sua escolha, é hora de começar a praticar magia de fato. E como fazer isso?
   No momento em que você estiver começando seu ritual, feitiço, encantamento, poção ou qualquer que seja sua atividade mágica, convide o ser mágico. Caso você utilize círculos mágicos, invoque-o no momento do traçamento. Se não, apenas peça pela presença do ser mágico, e espere até que você consiga sentir a energia dele presente. Então, dê continuidade à sua atividade, e ao final, agradeça pelo auxílio e pela energia, com uma oferenda condizente ao ser e à situação.

   Exemplos simples:

☾ Digamos que um poeta esteja com dificuldade para escrever suas poesias. Ele pode acender uma vela rosa - que lembra o fogo, a inspiração, a pureza e o amor - e oferecê-la às Leanhauns, fadas do amor que trazem a inspiração aos poetas.

☾ Uma pessoa que está com problemas de ansiedade e nervosismo pode fazer uma prece aos Cooshies, ofertá-los um pedaço de carne e logo depois meditar com eles, para que eles a auxiliem a se acalmar e lidar com sua ansiedade.

☾ Alguém que tenha apostado ou esteja para receber dinheiro pendente pode acender uma vela verde a um Leprechaun e dar-lhe uma moeda, pedindo-lhe que o auxilie a receber o dinheiro; caso o Leprechaun ajude, esse alguém pode prometer lhe dar mais uma quantidade de dinheiro como agradecimento.

   Existem inúmeras outras formas de realizar magia com o auxílio de seres mágicos; assim como existem inúmeros tipos de seres mágicos e suas capacidades variam de acordo não somente com o tipo, mas também com a personalidade de cada um. Portanto, o melhor é sempre estabelecer uma relação de confiança, e meditar com os seres mágicos que se aproximam de você!

Seres Mágicos


   Existem inúmeros seres mágicos de quem você pode se aproximar para realizar Magia Feérica. Cada um possui suas próprias características, sendo recomendado que você leia e estude bastante sobre aqueles por quem se interessa. Além disso, procure convidá-los para suas meditações, pois assim como os seres humanos, os seres mágicos possuem personalidades próprias, que podem diferir um pouco do estereótipo!
   Lista resumida sobre alguns seres mágicos:

Elementais
São os espíritos selvagens e puros dos elementos.

 Salamandras - espíritos do fogo.
 Silfos - espíritos do ar.
 Ondinas - espíritos da água.
 Gnomos - espíritos da terra.

Fadas 
São divididas em Corte de Inverno e Corte de Verão. São muito diversificadas, e existem inúmeros "subtipos" de Fadas. Algumas das mais conhecidas:

 Banshees - Fadas da Corte de Inverno que viajam pelas florestas e choram quando alguém importante ou muito amado falece.

 Clurichaun - Similares ao Leprechaun, os Clurichauns gostam de vinho e protegem as adegas daqueles que os tratam bem. No entanto, caso sejam tratados mal, derramam o vinho e fazem uma grande bagunça na casa.

 Corrigans - Vivem nas florestas, perto de riachos. Possuem asas e gostam de pregar peças.

 Ganconer - Fadas do amor, sempre do sexo masculino, que possuem uma beleza extraordinária, e gostam de seduzir com suas palavras e belas músicas tocadas na gaita. No entanto, o destino de um Ganconer é permanecer sempre sozinho.

 Leanhaun - Fadas do amor do sexo feminino, similares aos Ganconers. Desejam amor incondicional, tratando seus amantes como escravos, até que se cansam e procuram novos amantes. Entretanto, são uma fonte de inspiração para poetas e músicos, que através do auxílio das Leanhauns conseguem produzir trabalhos com uma qualidade excepcional.

 Leprechaun - Fadas solitárias da Irlanda, conhecidas por seu fascínio por ouro. Vestem-se com roupas em verde e marrom, gostam de derrubar chapéus se transformando em lufadas de vento, e são conhecidos por sua exímia habilidade em criar sapatos.

 Oakman - Fadas das florestas, são os espíritos dos velhos carvalhos. Protetores dos animais e da floresta que habitam, também possuem conexão com o submundo e protegem aqueles que falecem nas redondezas. São similares aos anões, com barbas vermelhas e gorros pontudos vermelhos.

 Seelie - Bondosas fadas que cavalgam pelos céus procurando pessoas que precisam de ajuda. Auxiliam aqueles que tem necessidade lhes dando alimento e sementes para plantar, e provêm todo o tipo de ajuda para aqueles a quem se afeiçoam.

 Spriggans - Guardiões de tesouros, especialmente de fadas. Possuem uma pele rochosa, e são bastante feios; são encontrados em ruínas, castelos ou lugares aonde existe algum tipo de tesouro. Quando não encontram um tesouro para proteger, trazem pestes, tempestades e redemoinhos para plantações. 

Goblins
São similares a anões, ainda que sejam um pouco menores e menos robustos. Possuem poderes mágicos e uma grande ambição por ouro e pedras preciosas.

 Brownie - São pequeninos e amigáveis; não costumam vestir roupas pois seu corpo é coberto de pelos, mas podem ser vistos usando capas marrons com capuz. Visitam as casas para auxiliar em tarefas incompletas, e trazem boa sorte às famílias que os tratam bem. Os Brownies amam animais. Gostam de ganhar comida - leite, bolos, pães, frutas frescas -, porém odeiam dinheiro ou qualquer outro tipo de presente.

 Buccas - Habitam a Cornualha em minas, são goblins do vento que predizem naufrágios. Podem auxiliar em divinação.

 Clim - Vivem em chaminés e costumam observar crianças, repreendendo-as quando são más ou mal educadas.

 Hobgoblin - Similares aos Brownies, mas um pouco maiores. Os Hobgoblins são extremamente caseiros, e uma vez que se instalam em uma casa, raramente a deixam. Seu lugar preferido é a cozinha ou a lareira, e quando se sentem rejeitados, escondem as chaves da casa nos lugares mais improváveis. Gostam de boas refeições e de conforto.

Ninfas
São espíritos da natureza que habitam lagos e rios, clareiras em florestas e cavernas. Possuem muita beleza e inteligência, porém não gostam de intromissões; no entanto, são amigáveis caso a pessoa tenha boas intenções. Ninfas tem um grande poder divinatório, e podem se interessar por humanos, mantendo longas amizades. Gostam de música, poesia e dança.

 Dríades - Estão ligadas às árvores, sendo os espíritos protetores que as habitam. São vaidosas e gostam de tudo o que é belo. Suas peles são feitas da mesma madeira que a árvore em que vivem, e seus cabelos são verdes e longos, com folhas e flores. São charmosas e brincalhonas, e gostam de cantar belas melodias. Danificar a árvore também machuca a Dríade, mas elas podem criar tempestades ou outras intempéries para se proteger.

 Loreley - São lindas ninfas que vivem em lugares rochosos, perto da água. Cantam belas melodias, mas são melancólicas e lançam seus encantamentos sobre aqueles que ousam se aproximar.

 Nixies - Vivem em lagos e gostam de tocar músicas encantadas no violino, para aproximar mulheres e crianças. Porém, são criaturas bondosas, e tem a habilidade de se transformar em outros animais - geralmente, pequenos dragões. Suas casas são feitas de algas, e elas possuem grandes poderes mágicos.


Outros Seres Mágicos

 Anões - São pequenos, robustos e possuem barbas e cabelos compridos. São leais, porém facilmente irritados. Vivem em montanhas e cavernas profundas, e são conhecidos por sua grande capacidade de mineração, bem como uma exímia habilidade em ferraria e em joalheria. Gostam de ganhar coisas feitas de metal, pedras preciosas, ou artesanatos elaborados.

 Cooshie - Grandes lobos de pelo prateado que vivem em florestas, geralmente junto aos elfos. Conseguem se mover silenciosamente, e possuem sentidos aguçados; sentem quando há presenças mágicas, físicas ou espirituais próximas, mas tem aversão a ferro. Os Cooshies possuem poderes curativos e conseguem acalmar mentes e corações inquietos.

 Elfos - São seres mágicos conhecidos por sua beleza e sabedoria. Têm uma estatura alta e seu corpo é esguio e esbelto, suas orelhas são longas e pontudas e seus reflexos são extremamente rápidos. Vivem em praticamente todos os ambientes naturais, e gostam de coisas delicadas e belas; cristais como quartzo, pedra da lua, pérola e objetos feitos em prata lhes agradam muito.

 Kobold - São os espíritos das árvores que vagam sozinhos, podem ser capturados em caixas de madeira e levados para casa. A pessoa que o capturou pode abrir a caixa e pedir ao Kobold um favor; entretanto, se outra pessoa abrir a caixa, ele se vingará por ter sido confinado. Barulhos altos ou ventos fortes os assustam. Caso alguém deixe uma oferenda de leite ou comida durante a noite, o Kobold fará alguma tarefa simples em troca. Possuem habilidades mágicas para realizar feitiços e caso se apeguem a uma pessoa ou a uma família, farão grandes esforços para ajudá-los; porém, pode se tornar desagradável caso seja maltratado.

 Unicórnios - Guardiões da beleza, da inocência e do amor. Habita florestas e jardins, ainda que goste de fazer longas e intermináveis viagens. É indomável, mas aproxima-se de pessoas puras de coração, que possuam boas intenções, e costuma auxiliá-las de bom grado. Possui poderes de cura extraordinários.

 Wight - Seres guardiões das árvores. Cada árvore possui um Wight guardião, e raramente interagem com qualquer criatura. No entanto, são extremamente sábios.

Magia Feérica Brasileira


   O folclore brasileiro possui uma grande quantidade de espíritos da natureza, que também podem ser contatados para a realização de Magia Feérica!

Abaçaí
É um espírito que habita as florestas, e que vive fazendo festas, cantorias e danças. Quando alguém se perde na mata, o Abaçaí pode deixá-lo em transe para que junte-se a ele em sua festança. É um espírito de alegria e que traz diversão aonde for chamado.

Acauã
É um tipo de fada com asas e penas coloridas, similar a uma harpia. As Acauãs tem poderes divinatórios bastante aguçados, e são conhecidas por seduzirem moças com suas belas cores, e então levá-las para morar consigo nas matas. Elas usam sua vidência para prever quando uma jovem irá morrer, e então a seduz e a leva embora, para que tenha uma vida mais longeva.

Caipora
São espíritos das matas que cuidam dos animais, dos ninhos e lares, e punem aqueles que caçam indevidamente ou depredam a natureza. Geralmente andam em bandos, montadas em porcos-do-mato, e possuem um forte senso de humor. Têm a capacidade de imitar qualquer som. Apesar de serem considerados como espíritos masculinos, as Caiporas são criaturas que não possuem sexo, pois estão num patamar entre Deuses e homens - ainda que seja considerada uma deusa na mitologia Tupi-Guarani. Gostam de ganhar frutas, fumo e flechas.

Cavalo das Almas
É um cavalo espectral que anda pelas estradas em busca daqueles que faleceram recentemente. Os mortos montam em sua garupa e o Cavalo os leva para o submundo, onde descansarão. Caso algo aconteça na viagem, o espírito da pessoa ficará vagando como um fantasma, e só poderá voltar ao submundo caso encontre novamente o Cavalo das Almas.

Saci-Pererê
É um menino negro de uma perna só, que usa um capuz vermelho e gosta de pregar peças em donas de casa. O Saci é o protetor das ervas e guardião de todo o conhecimento a respeito das plantas - chás, bebidas, poções, emplastros, medicamentos, são todos de domínio do Saci; portanto, quando bem tratado, pode auxiliar com informações sobre ervas. Costuma confundir e afugentar aqueles que tentam coletar ervas sem autorização.

Recomendação de leitura: Faery Magick - Sirona Knight.

A dançar com as Fadas,
   Alannyë Daeris.