Você acha que sua magia é livre, irreverente e moderna? Leia esse livro e veja o quanto ainda é possível avançar nesses aspectos - com instruções caóticas e desconstruções de todos os tipos.
Ficha Técnica
Autor: Patrick Dunn
Ano: 2005
Editora: Llewellyn Publications
Páginas: 264
Há várias afirmações polêmicas no decorrer do livro, e mesmo com as quais não concordo, entendo posicionamento do autor e em geral respeito o fundamento que embasa as declarações em questão. Confesso que me senti muito instigada por todas as técnicas e sugestões, incluindo as ricas recomendações e referências bibliográficas espalhadas nos rodapés. Um único ponto que tenho a criticar, ou pelo menos expressar discordância, é com a afirmação de que não há uma energia, somente "informação" sendo trocada entre materiais orgânicos e inorgânicos. O autor bate bastante nessa tecla como se a sua perspectiva fosse a mais correta, e isso me alfinetou bastante pois sua explicação também é bem solta e não mais credível que a visão que ele descarta veementemente, mas filtrando esse ponto, o resto é bem aceitável e válido. Sempre bom manter um filtro em tudo que se consome de literatura, em especial nos assuntos esotéricos e mágicos, e essa obra não foge à regra.
O olhar inovador dessa obra intenciona e realmente tem sucesso em desmistificar a imagem do mago/bruxa num contexto muito atual e adaptável para qualquer paradigma pessoal ou conjunto de crenças, portanto não descarte suas visões nem pense que elas estão sob ataque, use o livro como um guia para se libertar das amarras e tabus que possam limitar seu potencial. E consegue permanecer extremamente claro do início ao fim, com metáforas muito bem empregadas e uma argumentação lógica que é digna de elogios. Recomendo inclusive aos que possuem um olhar cético e crítico sobre as artes ocultas e a magia em si, pois poderão se surpreender - e por favor, compartilhe suas opiniões caso já tenha lido!
Navegando pela internet e lendo comentários sobre leitores (algo que aprecio bastante), percebi que o público em torno dessa obra se divide entre pessoas que o abominam e o fazem com diversas críticas bem agressivas que podem até ser ignoradas de tão ruidosas, mas algumas coisas são válidas. Depois de um tempo, você percebe que o paradigma de informação defendido por Patrick Dunn é melhor explicado por Jung e suas teorias de símbolos e inconsciente coletivo, mas segue sendo uma perspectiva ainda bastante atual (considerando que o livro já tem seus 16 anos!) que analisa por outro ângulo alguns conceitos basilares de magia e ocultismo.
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A expandir horizontes,
Alannyë Daeris.
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