sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Introdução a Ceromancia, parte 2 - Divinação com Cera na Água

   Esse método de divinação consiste no uso de uma vela, mas é diferente daqueles citados no texto anterior no qual falamos sobre a ceromancia com velas. Aqui, a cera derretida é derramada sobre um recipiente com água, e os formatos criados por ela são interpretados seguindo a intuição, aliada a simbologias associadas. A cor da vela pode ser escolhida de acordo com o teor da leitura (exemplo: vermelho para amor), ou use branco ou roxo que são cores adequadas para divinação.
   A água usada na tigela pode ser água lunar de Lua cheia ou minguante, água de rosas ou de fontes naturais. Também pode ser substituída por um chá de artemísia, alfazema, ou outra erva que favoreça a clarividência (desde que não seja uma bebida escura ou turva). Por fim, há a opção de pingar algumas gotinhas de algum óleo essencial adequado antes da divinação, especialmente caso você só disponha de água da torneira para essa prática.
   Quanto ao recipiente, os materiais variam muito de acordo com a preferência pessoal ou tradição. Há fontes que recomendam recipientes de metal, mas qualquer material natural é adequado - cerâmica, vidro, argila, pedra, e até madeira. Evite plástico, pois ele não é um bom condutor de energia. Use somente recipientes redondos, e o tamanho e a profundidade não importam muito, desde que a boca não seja muito pequena nem muito larga. No mínimo, do tamanho de uma xícara larga, e no máximo, com 20cm de circunferência. No fundo do recipiente, podem ser desenhados símbolos ou sigilos que favoreçam essa arte divinatória, ou ainda acrescentados cristais apropriados.

Voce precisará de:
• Uma vela. Palito ou de sete dias - nesse caso, você pode reutilizá-la somente para fins de ceromancia.
• Um recipiente ou taça adequada. Purificada e consagrada previamente.
• Água lunar ou um líquido de sua preferência.

🕒 Horas e dias de Lua, após o cair da noite.
🌕 Qualquer fase, mas a Lua cheia e minguante são as mais adequadas.

   Prepare o ambiente como de costume, e certifique-se de que não será interrompido. Você pode realizar essa prática no seu altar, ao ar livre ou onde for mais adequado. Se você tem costume de traçar o círculo mágico, faça isso agora.
   Derrame a água dentro da tigela, até que esteja entre 3cm e 5cm de profundidade. Caso vá acrescentar óleo essencial, faça isso agora. Respire fundo, acenda a vela e concentre-se na dúvida ou situação que deseja analisar.
   Com sua mão dominante, mantenha a vela na posição vertical sobre a tigela, e quando a cera começar a derreter e derramar, incline a uma distância de 2,5cm da superfície da água, ou seja, bem pertinho. Deixe que a cera escorra para dentro do líquido, e o ideal é que as gotas se juntem e formem padrões; se isso não estiver acontecendo, você deve se concentrar mais na sua dúvida. Entretanto, não fique olhando para a água, foque sua visão na chama da vela. Após mais ou menos cinco minutos, uma forma mais definitiva poderá ser distinguida na água. É hora de apagar a vela, e agradecer pela fortuna.
   Olhe para o formato e tente decifrar com o que se parece, e assim buscar entender a mensagem fornecida pela vela. Siga sua intuição, pois só você é capaz de determinar com certeza quais são as verdadeiras ou principais previsões e simbologias geradas pelos padrões da cera. Você pode procurar referências na internet ou em livros de simbologia, mas use apenas como fontes de idéias, e não como verdades absolutas. Espere a cera endurecer bem antes de retirar da água, pois olhando de pertinho ou de ângulos diferentes você pode ter novos insights e perceber outros detalhes importantes que poderiam passar batido.
   Se você tiver vontade de consultar outras dúvidas no mesmo ritual, não há problema nenhum! Enquanto houver vela, você pode prosseguir, mas não exagere para não exaurir suas energias. Quando quiser encerrar, derrame a água em um jardim, em vasos de plantas ou na pia/vaso sanitário mesmo.

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A divinar com as últimas velas da casa,
   Alannyë Daeris.

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