Diferentemente de outras ferramentas de divinação ou previsão, o Oráculo dos Ossos é um instrumento de comunicação e conexão direta com os Ancestrais, sendo creditada a Eles a movimentação das peças sobre a mesa do osteomante durante uma leitura. É um oráculo que passa por purificação, consagração e apresentação, necessita ser alimentado e energizado com regularidade, e o oraculista deve manter uma devida relação com os próprios Ancestrais para que possa fazer uso da ferramenta.
Há diferentes formas de utilizar, interpretar e lançar os ossos, denominados "sistemas". Alguns sistemas de leitura empregam somente ossos de uma mesma espécie animal (galinha, gato e cachorro estão dentre os que eu conheço), outros sistemas usam ossos de espécies animais diferentes, e há também os sistemas que elaboram conjuntos de ossos adicionando a eles outros itens variados, como conchas, penas, dados, moedas, cristais, sementes, curios e objetos similares.
Além do conjunto de ossos, um elemento central na leitura de osteomancia é o tablado, a superfície em que os ossos serão lançados e que determina maiores informações, podendo indicar a área da vida que se analisará, conceitos e ideias simbólicas (como os quadrantes, que são relacionados aos quatro elementos e que tratam de temas pertinentes a cada um deles), ou o passado, presente e futuro. Esses tablados podem ser peles de animais, tábuas de madeira, ou tecidos circulares com as marcações correspondentes.
A osteomancia serve para responder a perguntas objetivas e específicas, fornecer conselhos, ou para abrir panoramas gerais sobre a vida do consulente. É ideal para revelar as mensagens e orientações dos Ancestrais para a pessoa em questão e o momento em que ela vive e viverá em breve. Portanto, é uma ferramenta versátil que funciona para divinação, leitura de sorte, aconselhamento, ou para previsões de futuro. Tudo depende das peças que caem, a posição em que param sobre o tablado, e o sistema de leitura.
É importante esclarecer que os ossos usados pela maioria dos praticantes tem origem natural, sendo encontrados na natureza e posteriormente higienizados pelo osteomante, ou adquiridos de outras pessoas que fazem esse serviço de procura, coleta e higienização, como taxidermistas. Grande parte dos osteomantes não sacrifica animais para retirar seus ossos, pois se usam para fins oraculares os restos de animais que falecem de causas naturais ou acidentais, sem causar danos a nenhum ser vivo. Obviamente, há indivíduos que fogem a essa regra, mas são uma exceção. E também noto que sob hipótese alguma se usam ossos humanos, pois isso configura crime e é passível de punições legais em solo brasileiro.
A consultar os Luminosos,
Alannyë Daeris.
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