O propósito dessas obras é repassar instruções valiosas para a formação do caráter e dos valores dos indivíduos, muito explícito na própria introdução textual presente em alguns dos papiros, em que o autor escreve para seu herdeiro - como ocorre nas Máximas de Ptah-Hotep. Podemos considerá-las um tipo de literatura didática que difunde sabedoria de vida, o jeito correto de viver sob a ótica do período histórico em que foi elaborada. Pesquisadores identificam algumas diferenças na ênfase moral de cada uma das obras Sebayt conhecidas hoje, que podem derivar de vários fatores, como o contexto local específico, época, autoria, destinatário, e correntes filosóficas do período.
O gênero persistiu por um longo tempo, e novas composições continuaram sendo criadas e mantidas em bibliotecas até o Período Romano, como se atesta pelos Ensinamentos de Amenemhat I, que foram escritos em 1950 a.E.C. e ao longo de 1500 anos permaneceram sendo reescritos e transmitidos. Algumas obras Sebayt têm sua autoria imputada a faraós e não somente seus vizires e sacerdotes, como os Ensinamentos para o Rei Merykara, que viveu no Primeiro Período Intermediário, alegadamente escritos para o faraó por seu pai, e os já citados Ensinamentos de Amenemhat, supostamente elaborados pelo primeiro faraó após o Primeiro Período Intermediário.
Uma lista de escritos Sebayt conhecidos atualmente:
• As Máximas de Ptah-Hotep, ou As Máximas do Bom Discurso
• As Instruções de Kagemni
• Os Ensinamentos de Amenemhat
• As Instruções de Amenemope
• Os Ensinamentos para o Rei Merykara
• As Instruções Lealistas
• Os Ensinamentos de Hordjedef, ou Instruções de Djedefhor
• O Debate entre um Homem e seu Ba ("alma")
• Instruções de Ankhsheshonq
• Instruções do Papiro Insinger
A estudar as vias de Ma'at,
Alannyë Daeris