sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Poema da Deusa

Eu lhe dou a vida, mas também lhe dou a morte,
Pois tudo que há é um só.
 Você anda pelo caminho em espiral,
E anda em busca do eterno em meus braços.
Tudo está sempre se transformando,
sempre crescendo, sempre mudando.

Tudo que morre um dia renasce, revive.
Nada existe sem antes ter morrido.
Quando vir até a mim eu lhe darei as boas-vindas,
então o acolherei no meu útero,
em meu caldeirão de transformação,
aonde você será misturado e peineirado,
fundido e triturado,
reconstituído e depois recriado.

Você sempre volta para mim,
você sempre vai embora renovado.
Pois a morte e renascimento não são nada mais
que pontos de transição ao longo do caminho eterno.

Adaptado de: O Oráculo da Deusa.

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