Foto de Davi Boarato. Editada pela autora. |
Para os indígenas brasileiros num âmbito geral, o chocalho - denominado maracá, pois em tupi antigo mbara = "barulho" e ká = "casca" - era um instrumento muito sagrado, para o qual até mesmo oferendas de comidas eram feitas. Cada índio possuía o seu, que era guardado em um ambiente especial, depois de ser consagrado pelo pajé. As preces e pedidos ao cosmo ou aos deuses eram feitos diretamente ao instrumento. A maracá detinha uma simbologia extremamente importante, pois seu cabo representava a natureza e a árvore da vida, enquanto a cabaça representa o próprio universo, pois seu espaço oco seria o cosmo. As sementes (principalmente de milho e feijão), cristais e pedrinhas que eram acrescentadas dentro da maracá representam as almas dos ancestrais, e a agitação do chocalho faz com que os espíritos fiquem ativos e auxiliem o xamã em suas práticas. Para os tupinambá, o som do chocalho era a própria voz dos espíritos.
Os indígenas produziam muitos tipos de maracás, sendo as de tamanho menor destinadas para rituais e festas; as maiores, compostas por sementes e caroços grandes eram usadas na guerra. Haviam alguns que eram feitos para se amarrar nos braços ou pernas, também de uso em rituais e celebrações. Como é de costume na arte indígena, costumavam decorar seus maracás com penas (de arara, mas outras penas de aves coloridas também podiam ser usadas).
Os indígenas produziam muitos tipos de maracás, sendo as de tamanho menor destinadas para rituais e festas; as maiores, compostas por sementes e caroços grandes eram usadas na guerra. Haviam alguns que eram feitos para se amarrar nos braços ou pernas, também de uso em rituais e celebrações. Como é de costume na arte indígena, costumavam decorar seus maracás com penas (de arara, mas outras penas de aves coloridas também podiam ser usadas).
As técnicas de fabricação são muito particulares, e os materiais usados podem ser escolhidos de acordo com suas propriedades, significados ou o gosto pessoal. Da mesma forma, cores e padrões podem decorar a superfície do instrumento, junto de símbolos, desenhos ou sigilos mágicos.
É interessante testar diferentes grãos e sementes, para combinações sonoras e mágicas personalizadas de acordo com suas preferências. Areia pode ser acrescida para produzir sons diferentes. O tamanho e o material da cabaça (seja ela natural ou não - podem ser usadas latas de metal, potes de plástico, enfim) também influenciam na sonoridade, e isso é um gosto muito pessoal.
A forma de tocar uma maracá varia de acordo com o tipo de prática e a preferência da pessoa que toca. Pode ser girada de forma circular, agitada para cima e para baixo, ou pode-se usar a mão para bater na cabaça e gerar o som. Não há uma regra, portanto, a prática aliada da intuição devem guiar suas experiências. A velocidade também pode variar de acordo com o momento ou prática.
Muitas informações daqui.
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A ouvir a voz dos espíritos,
Alannyë Daeris.
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