segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Anúbis

   Conhecido como Yinepu no Egito antigo, é o Deus-chacal da morte, do embalsamento e mumificação, do submundo e protetor dos mortos, assim como das tumbas. Também é conhecido como sendo patrono dos caminhos, dos órfãos, é uma deidade com um forte senso de proteção.
   Possui um papel importantíssimo no submundo, onde é quem pesa os corações dos mortos em uma balança - se o coração for mais leve que a pena, a pessoa poderá renascer. Caso o coração for mais pesado que a pena de Ma'at, Anúbis leva a alma para ser devorada por Ammit, a serpente que desfaz a existência daquela alma.
   É uma deidade muito antiga e que teve aspectos mesclados com Osíris após algum tempo. Originalmente, Anúbis era o mestre supremo do submundo, reinando sozinho e sendo o único protetor dos mortos. Com o culto a Osíris e Ísis crescendo, Osíris é quem tomou a liderança do submundo, passando a ser o mestre e protetor de todos os mortos.

   Anúbis foi mesclado também com o Deus Hermes, sendo conhecido então como "Hermanubis", o mensageiro dos Deuses e do submundo, guia dos mortos, e Hermanubis era muito conhecido e cultuado até o segundo século em Roma, principalmente por alquimistas e filósofos.
   É representado como sendo um chacal de pelagem negra, pois o preto é associado com a fertilidade, com o renascimento após a vida, que é um dos aspectos dos mitos de Anúbis. É o patrono dos rituais funerários, quando os sacerdotes egípcios utilizavam máscaras com sua face, representando o embalsamento.
   Seu mito demonstra que Anúbis também é um conhecedor da magia, como foi ensinado-lhe pela Deusa Ísis/Aset. Por este motivo, é Anúbis quem tem o poder de guiar as almas para renascerem, ou entregá-las à serpente Ammit para serem devoradas e apagadas da existência. É relacionado com o renascimento, os ciclos da vida que recomeçam. É um Deus guardião, que protege tudo o que lhe é pedido.
   Seus símbolos são o chacal negro, os sarcófagos, a balança, o malho e o cajado. O malho é um instrumento para as plantações, que demonstra a capacidade de guiar o povo e protegê-lo. O cajado é um símbolo de poder, de autoridade divina, e representava seus conhecimentos mágicos sobre a morte, a vida e o embalsamento.

Por vezes pode ser representado assim, e nesta posição, demonstra proteção, guarda.

   A cor preta é muito associada à Anúbis, não apenas pela fertilidade, mas também pela noite, pelo submundo, a cor do solo negro das margens do Nilo que demonstravam a capacidade de renascer durante as cheias.
   As ervas que podem ser utilizadas para o contato com Anúbis são as que tem poder protetor e preservador. Alguns exemplos: Mirra, Anis Estrelado, Cardamomo, Cipreste (era considerada pelos gregos a erva sagrada de Anúbis), Alecrim, Alho, e sais no geral. Ervas cheirosas eram colocadas nas múmias e tombas para que Anúbis as cheirasse e sentisse pureza nestas almas. Por isto, perfumes podem ser ofertados a ele também.
   Ideias de oferendas para Anúbis são chocolates, carne, café, rum, incensos, perfumes, cerveja, pão, vinho, grãos, leite, água. Suas velas e decorações podem ser douradas ou pretas.
   Seus festivais eram celebrados nas datas: 01 de janeiro, 20 de janeiro, 05 de maio (dia sagrado de Anúbis), 20 de junho, 23 de junho (cerimônia de Anúbis), 05 de julho (festival de Anúbis), 04 de setembro.
   Leia mais sobre a história de Anúbis: O Mito de Anúbis.

Sob a proteção de Anúbis,
   Alannyë Daeris.

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