domingo, 8 de março de 2015

Magia teórica: Fontes de Poder

   Tratando-se de magia, as energias utilizadas em diversas atividades mágicas - desde rituais até encantamentos - devem prover de algum lugar, certo?
   As fontes para estas energias são divididas em três principais origens. É importante conhecer as origens para que então possamos compreender a maneira de utilizá-las, como invocá-las e como manipulá-las nas mais diversas realizações de magia.

   Poder pessoal


   É aquele que emana do próprio praticante, de quem estiver realizando a magia. É o poder que é criado e gerado por nosso próprio corpo, através das energias que são absorvidas em atividades como alimentar-se, beber líquidos, estar na luz do Sol, ao caminhar e movimentar-se, na circulação do sangue pelas veias e artérias, e até mesmo ao inspirar e expirar.
   Através do autoconhecimento e da maior conexão com a magia e com as energias, que o poder pessoal tende a aumentar, e a ser mais fácil acessá-lo e direcioná-lo com a prática. Ou seja, quanto mais você realizar magia, quanto mais estudar e treinar sua visualização, sua intenção e seu direcionamento, mais facilmente conseguirá realizar as mudanças necessárias, e mais bem-sucedidos serão seus atos mágicos.
   O poder pessoal é "renovável", embora haja a necessidade de exercitá-lo, de estar sempre movimentando estas energias. Como temos energias limitadas percorrendo nosso corpo, é necessário sempre que estejamos bem alimentados e com boa disposição ao realizar atividades mágicas - pois mesmo o ato de criar um encantamento sobre um objeto gasta nossa energia, e gastar muito mais do que temos em nosso corpo pode acabar por nos deixar exaustos.
   Por este motivo, é recomendado que não se realize rituais em jejum - a menos que seja um ritual específico no qual o jejum seja necessário -, nem com exaustão física ou mental. Também recomenda-se não realizar muitas leituras de oráculos seguidas para si mesmo, pois não há troca de energias. No entanto, ao ler para outras pessoas há esta troca de energias, então pode-se fazer uma quantidade maior de leituras em sequência.

   Poder terreno, ou da terra


   É o poder que emana da natureza em todas as suas diversas formas - nas árvores, flores, pedras, cristais, água, vento, penas, fogo, óleos, ervas, conchas, terra, galhos, desde as menores coisas até as maiores e mais requintadas que provenham da natureza.
   Este poder existe nas coisas que vivem em nosso planeta, independentemente da origem, desde que sejam naturais, mesmo que processadas em fábricas ou vendidas no comércio. Pode ser utilizado para todas as finalidades, seja purificação, energização, consagração, banimento, entre inúmeras outras.
   Um exemplo de utilização do poder terreno é a consagração aos elementos. Quando consagramos um objeto utilizando a chama de uma vela, a fumaça de um incenso, as gotas de um cálice de água, e a terra que provém do solo, estamos utilizando as energias que estes elementos naturais contêm.
   O poder terreno é infinito e renovável, não sendo necessário reenergizar um punhado de terra ou um prato com sal, por exemplo. No entanto, existem vários elementos naturais que necessitam de energização após o uso, como os cristais e pedras, varinhas de madeira, e em alguns casos, até mesmo conchas do mar. Tome como regra, portanto, que todos os utensílios que você houver consagrado e/ou imbuído com energias e com magia precisam ser energizados, independente de sua origem - seja natural ou artificial.

   Poder divino


   É a energia do caos e da ordem, da criação e da destruição, que provêm das duas energias primordiais: o Deus e a Deusa, sendo o Deus a energia masculina, de ordem, e a Deusa como a energia feminina, de caos.
   Esta energia permeia todo o universo, assim como existe em nossa própria natureza - mas de maneiras um tanto diferentes das citadas no poder terreno. A energia divina que existe na natureza existe na fertilidade, no crescimento e na vida em abundância, na prosperidade que há nos animais e nas plantas, assim como em todas as formas de vida existentes.
   Ou seja, pode-se afirmar que o poder divino é o poder da vida, mas também da criação, da combinação de elementos diferentes, da ordem (e ao mesmo tempo da desordem) que há no universo, nas infinitas possibilidades que vemos em estrelas, planetas, sistemas solares e galáxias espalhadas por toda a existência.
   O poder divino pode ser invocado através da magia com a Lua e com o Sol, na magia com estrelas, assim como tudo o que envolva a vida e natureza que há em nosso planeta também. É bastante flexível, infinito e nunca deixa de existir. Os diferentes Deuses, assim como seres mágicos, também são representações do poder divino, sendo a magia realizada com as deidades uma forma de utilizar a energia divina na prática mágica.

A buscar o equilíbrio com as energias do universo,
   Alannyë Daeris.

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